YouTube remove vídeos de Jair Bolsonaro e outros políticos com conteúdos sobre cloroquina
Conteúdos dos deputados Daniel Silveira e Eduardo Bolsonaro também foram removidos da plataforma pelo mesmo motivo
Seguindo sua política de banimento para conteúdos com desinformação sobre a Covid-19, o YouTube deletou da plataforma 11 vídeos do presidente Jair Bolsonaro, sendo 10 deles fazendo menções objetivas à cloroquina. Apesar dos conteúdos excluídos nesta quinta-feira, 27/05, o canal do presidente continua no ar.
Segundo o levantamento da empresa Novelo Data, vídeos de outros políticos abordando o mesmo tema também foram excluídos da rede social, incluindo um do deputado federal Daniel Silveira, outro do também deputado federal e filho do presidente Eduardo Bolsonaro, e outro do ex-Senador do Espírito Santo Magno Malta.
Entre os conteúdos do presidente que foram removidos da plataforma estão vídeos com os seguintes títulos: “A Hidroxicloroquina cada vez mais demonstra sua eficácia em portadores do COVID-19” e “Fox News mostra estudos sobre a eficácia da Hidroxicloroquina no combate ao Coronavírus”. Há também duas lives que não citam a cloroquina no título, mas na descrição dos vídeos.
Embora esteja há um ano identificando e banindo conteúdos com fake news e desinformação sobre a Covid-19, em abril o YouTube deu uma aprimorada em sua política de avaliação dos vídeos. Entre as atualizações está a remoção de conteúdos que recomendem cloroquina ou ivermectina para tratar Covid-19. Segundo o Google, a intenção é criar uma maior conscientização do público sobre a doença, além de promover o acesso a informações e recursos de qualidade que ajudem a manter as pessoas seguras e bem-informadas enquanto a pandemia não chega ao fim.
Os medicamentos hidroxicloroquina e invermectina não possuem eficácia comprovada pela ciência contra a Covid-19. De acordo com uma diretriz publicada em março deste ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tais remédios não devem ser utilizados nem como prevenção, nem como tratamento contra a Covid-19. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a própria fabricante da ivermectina também já confirmaram que os medicamentos não funcionam no combate à doença.