Toyota fica para trás na corrida sobre veículos elétricos e pressiona EUA a desacelerarem mudanças no país
Empresa tem pressionado "sutilmente" o Congresso americano para desacelerar as mudanças e adaptações propostas por Joe Biden
A Toyota foi uma das primeiras montadoras a adotar a produção de veículos elétricos no mundo, mas desde então, todas as outras empresas passaram a apresentar planos com o mesmo foco, algumas, inclusive, prometendo a comercialização apenas de veículos eletrificados até 2030. Com isso, países como os Estados Unidos estão adotando políticas que priorizam as mudanças necessárias para essa adaptação. O presidente Joe Biden já prometeu um investimento de US$ 174 bilhões em infraestrutura e projetos de mobilidade com carros elétricos. Neste contexto, uma reportagem do The New York Times revela que a Toyota considera que, apesar de ter sido uma das pioneiras sobre carros elétricos, agora está atrasada nessa “corrida”, e tem pressionado “sutilmente” o Congresso americano para desacelerar as mudanças.
Segundo a matéria, Chris Reynolds, um alto executivo da Toyota, se reuniu com líderes do Congresso a portas fechadas nas últimas semanas para discutir os planos de Biden de incentivo à mudança para veículos elétricos, especialmente argumentando que carros híbridos, como o Toyota Prius, também deveriam ser considerados.
Além disso, a Toyota também estaria atuando por meio do principal grupo de lobby da indústria automobilística, baseado em Washington DC, o Alliance for Automotive Innovation. O grupo, que representa as principais montadoras e seus fornecedores e é presidido pelo próprio Chris Reynolds, vem argumentando contra o plano do governo Biden de adotar o chamado “Compromisso com a Califórnia”, que foca em ações contra o aquecimento global.
Recentemente, a montadora apresentou planos de lançar 70 novos modelos de veículos até 2025, incluindo carros com baterias elétricas, células de combustível de hidrogênio e híbridos gás-elétricos. No entanto, isso não esconde o fato de que a Toyota realmente ficou muito atrás de seus concorrentes. Empresas como Nissan, General Motors e Volkswagen já vendem veículos puramente elétricos a bateria há anos, ao mesmo tempo que revelam planos de eliminar completamente os carros a gasolina nos próximos anos.