Mídias sociais? Tô fora!
Não tem dias que você lê um artigo e pensa: “Nossa, estava pensando exatamente isso outro dia?”. Sempre existiu uma espécie de conhecimento coletivo, claro, mas em tempos de internetz, tudo se tornou muito mais rápido, intenso e real.
O artigo da vez é do Paul Carr, que li no TechCrunch (que vou visitar amanhã aqui em San Francisco) e fala da decisão dele de acabar com o seu Twitter, depois de já ter fechado todas as suas outras contas nas tais das mídias sociais.
foto: the_moog
Diz ele sobre social media:
“Um pouco mais de uma semana atrás, eu cancelei todas as minhas contas nas mídias sociais, com exceção do Twitter, que eu apenas fechei. A explicação que eu dou pra isso é que, em uma era em que todo mundo e seus cachorros compartilham cada aspecto de suas vidas, ser um recluso digital é o novo ‘famoso da internet'”
E sobre o Twitter:
“Esta manhã, porém, Leo Laporte escreveu um post extremamente revelador e, ao fazê-lo, engenhosamente provou a máxima mal citada de que o meio é a mensagem. Resumindo: Laporte descobriu na noite passada que, devido a uma falha no Google Buzz, durante várias semanas suas atualizações não estavam chegando nem Buzz nem no Twitter. O motivo? Nenhum das suas dezenas de milhares de seguidores notou ou se importou.”
Carr, que tinha saido das mídias sociais por achar que num mundo onde todo mundo, até nossos cachorros (o que no meu caso é a mais pura realidade), expõe tudo nas ferramentas como Facebook, Orkut, Buzz, Flickr, etc., o verdadeiro famoso é aquele que for um recluso das tais das mídias sociais.
Hum…
Aí o questionaram que o verdadeiro recluso era aquele que não estivesse no Twitter também, onde ele tinha ficado (mas já saiu) e, não por esse motivo, mas sim pelo post do amigo e colunista Leo Laporte, que relatou que, ao transferir boa parte de suas ideias, pensamentos e experiências para o Twitter, se deu conta de que havia perdido registro das coisas e que o maravilhoso storytelling que acontece num blog, não acontece da mesma forma no Twitter. Ou seja, as pessoas não estão nem aí pro que se escreve no Twitter pois estão enlouquecidas com o seu próprio broadcast, conclui ele.
Confuso? Um pouco, mas muito interessante.
Vi que meus artigos de empreendedorismo, que fazia semanalmente há 5 anos e que, talvez em parte por conta do Twitter, diminui radicalmente a frequencia, causaram um efeito semelhante em mim mesmo (perdi a terapia de escrever). E vários leitores e amigos acompanham meus tuites, mas não mais as histórias que eu contava e sabem muito menos do que está rolando e do contexto do que falo (tuito).
É pra pensar, não é? Vale muito ler o artigo e refletir.
Não decidi ainda se sairei do FB e pararei de tuitar, mas decidi que voltarei a escrever meus artigos. Nem tanto pelos leitores, que não sei se sentiram falta alguma, mas por mim mesmo, pois vi que ando muito mais estressado e quase precisando de terapia, algo que meus artigos supriam muito bem em mim e que o Twitter não faz. Muitas vezes funciona ao contrário, me deixando ainda mais histérico por ficar acompanhando RT, replies, seguidores, etc.
I am back to blogging!