Cerveja artesanal faz piada com dificuldade de Boris Johnson de distinguir festas de eventos de trabalho
Beavertown Brewery vendeu cerveja sem álcool em meio à polêmica do primeiro-ministro britânico ter realizado uma festinha no auge da pandemia
O Reino Unido no momento concentra as atenções em mais uma trapalhada de seu primeiro-ministro, Boris Johnson, que confessou ter furado a própria quarentena que impôs ao país em maio de 2020 para realizar uma festa em Downing Street. Revelado pelo The Guardian e o The Independent, o evento contou com nada menos que cem funcionários do governo e naturalmente foi contra as medidas sanitárias de combate à então nascente pandemia.
A parte mais bizarra da história, contudo, é que no pedido de desculpas Johnson buscou se defender alegando que confundiu a festa com trabalho, chegando a verbalizar que pensou que era uma reunião de trabalho e que “só” esteve presente na ocasião por 25 minutos para agradecer funcionários. Tudo errado, até porque a ITV chegou a divulgar um e-mail enviado pelo secretário particular do oficial, Martin Reynolds, convidando todos com a declaração “Após um período incrivelmente movimentado, seria bom aproveitar ao máximo o clima agradável e tomar, com distanciamento social, algumas bebidas nos jardins do número 10”.
Enquanto tudo isso só acentua a pressão do parlamento inglês para deposição do líder, o fato é que a polêmica rendeu reações de todo tipo nas redes sociais – e é claro que teve marca buscando capitalizar em cima disso. A manobra mais inteligente, nesse sentido, foi da Beavertown Brewery, uma cervejaria britânica que resolveu tratar do tema a partir de um produto propício à fala de Johnson: uma cerveja sem álcool, ideal para eventos de trabalho.
Nas redes sociais, a marca lançou essa semana uma arte promovendo a bebida, batizada de Lazer Crush, com a fala “Não tem certeza se é uma festa ou um evento de trabalho”, logo abaixo da lata estampada reforçando que o produto é uma IPA com nenhum traço de álcool na composição.
De acordo com o The Drum, a empresa vem promovendo nas últimas semanas a noção de que sempre é hora de se desvencilhar do convencional e mostrar em janeiro quem manda. No caso de Johnson, valia a pena o conselho oposto.