Tigres de campanha da Gucci são alvo de preocupação com direitos dos animais
Organizações e ativistas de direitos dos animais argumentaram que a marca usou os felinos como objetos e adereços
O Ano Novo Lunar ou Ano Novo Chinês começa em fevereiro e muitas marcas de luxo começaram a apresentar coleções em sintonia com o animal que vai representar esse período: o tigre. A Gucci não ficou de fora e sua mais recente coleção em edição limitada, chamada “Gucci Tiger”, é inspirada no grande felino.
Na campanha publicitária, imagens estáticas mostram modelos cercados por tigres em várias posições e comportamentos, incluindo sentados em um piano como um gato doméstico gigante ou deitados em um sofá dourado. Há também um vídeo em que o tigre passeia por um luxuoso chá da tarde, como se fosse um animal dócil e totalmente compatível com o ambiente.
Todo esse cenário atraiu muitas críticas, especialmente de organizações e ativistas de direitos dos animais. Eles argumentaram que a campanha usou tigres como objetos e adereços, sem levar em conta o que era melhor para os animais. A agência de notícias Shine relata que um comunicado foi divulgado pela “Fundação de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Verde da China”, que classificou o uso dos tigres como “exploração”.
A Fundação destacou que é aceitável filmar a vida selvagem em seu habitat natural “se estiver dentro da ética animal”, diferente do que fez a Gucci, que “usou tigres para fins comerciais, o que viola a ética nos negócios e incentiva a caça ilegal e o comércio de animais ameaçados de forma disfarçada”.
Segundo o site DesignTAXI, Carole Baskin, da série de televisão de sucesso “Tiger King” , também se manifestou contra a campanha. Em resposta, a Gucci teria adicionado um aviso às imagens compartilhadas, afirmando que “a natureza, a vida selvagem e seus habitantes são particularmente importantes para a Gucci”.
A casa de moda também diz que os tigres foram filmados separadamente antes de serem inseridos na campanha, e as filmagens foram supervisionadas pela “American Humane” para garantir que “nenhum animal fosse prejudicado”.