O ano das mídias sociais prenuncia o ano dos web-apps?
Poucos discordam que o ano da virada das mídias sociais é 2010.
Podemos até nós, os early adopters, ficarmos dizendo que usamos o Twitter desde 2 mil e bolinha ou que já usávamos o Fotolog para share nossas imagens ou ainda acharmos que só porque não encontramos muitos amigos no Instagram ou que ninguém está ainda lá no Path, que as mídias sociais não aconteceram de verdade em 2010, seja achando que elas já aconteceram faz muito tempo, ou nem chegaram a acontecer ainda.
Atingir os quinhentos milhões de pessoas no Facebook e ultrapassar o rei Google em visitas é, para mim, a maior prova de que a coisa virou.
F…. diríamos na mesa do bar!
Você reparou que o FB anunciou que deve faturar uns US$ 2 bi em 2010? Pois é, e se ligou que isso dá uns R$ 3 bi/ano e que a Globo – isso mesmo, a Globo, a “dona” do Brasil – fatura algo como uns R$ 9 bi, a Abril, com seus muitos anos de vida nas costas, algo como uns R$ 2 bi e pouco e a RBS, a terceira maior empresa de mídia do Brasil cerca de R$ 1 bi?
É meu amigo, Zuckerberg não é só fama, filme e aventura, é real f.. business!
Essa semana vi uma nota de que a Apple vai abrir agora (info anunciada há uns 3 meses) no começo de 2011 a sua iStore para software e Apps para OS X, ou seja, nós usuários de macs poderemos também nos divertir, produzir, brincar, trabalhar, etc., etc., comprando soluções na lodginha do Tio Jobs como já fazemos nós – e mais milhões e milhões de pessoas em todo mundo – no iPhone e no iPad.
Apesar de ter me tornado um usuário Mac-only efetivamente pelos produtos que ela oferece, não por nenhuma paixão especial pelo Jobs, até meio ao contrário em vários momentos “control-freak” da turma de Cupertino, portanto, sem paixão nenhuma envolvida e com fanatismo zero, estou sentindo forte cheiro de uma nova virada, uma nova revolução chegando por aí vindo da Apple e que, mais uma vez, poderá deixar toda uma indústria (a de software desta vez) de boca aberta e cara de “#oqueaconteceuaqui?”.
Deixar o mundo produzir (e ganhar dinheiro) criando software para o Mac OS é genial e simples. E, não sei se é o caso ou não, mas se o modo de pensar for parecido com o do iPad e do iPhone, será ainda mais devastador. E deverá ser, imagino.
Quer um exemplo simples?
Estou louco, e imagino que muita gente também, para ter o App do Twitter no meu MacBook Air, mesmo sem as vantagens do touch, pois a experiência é tão mais legal do que a que tenho no Twitter no browser pois, mesmo tendo que clicar nas coisas e não poder usar meus dedinhos, tenho certeza que a experiência de usuário será muito mais legal.
Quando esse tipo de coisa aparecer na iStore for OS X, aí vai ser poderoso.
E já pensou se um Pages evoluir para um App esperto? E o Numbers? Hum? Ou se um jovem lançar um novo Word? Aí a coisa ficará muito séria até mesmo para uma Microsoft, e dificultará bastante o caminho do Google Docs.
O paradigma do browser já está quebrado, como disse a Wired, mas o que está para acontecer é a quebra do paradigma do software, muito mais profundo, poderoso e, claro, muito mais rico ainda para o Tio Jobs.
A ver.
Super Web-App, digo 2011, para você!