Sandy tá CAU-SAN-DO no mundo da publicidade
Era uma vez a Sandy, aquela menina a quem Genaro Meu Bem inquiria: “que cô cê foi fazê no mato?”. Lembram, né? Semi-fófis até o osso.
Depois, teve a versão adolescente, cheia de coreografias arrojadas e levando às últimas consequências a parceria com seu irmão, Junior Lima, e o mito da virgindade, bradada aos quatro ventos como se troféu fosse. Enfim, só ela saiu perdendo nessa. Pobre menina rica.
Daí casou, tentou carreira internacional, desvinculou sua carreira do irmão e gravou um álbum de MPB/jazz/farofa. Ok. Uma vida artística escancarada a quem quisesse ver.
Entretanto, a mocinha ficou mais blasé, não aparecia tanto assim, buscava dar as caras só onde pudesse arranhar umas notas e fazer um som, pá, entreter cantando, que é o negócio dela, goste você ou não. Eu não gosto.
Ou não gostava.
A versão Devassa da Sandy é inofensiva e, em minha opinião, não elevou a nulidade de seu sex appeal. Mas tem um porém: ela fez, recebeu seus milhões, mas sempre declarou que anuncia um produto que não consome. Isso eu achei lindo. No Brasil, sinceramente, até onde sei, é uma atitude inédita.
Até porque, convenhamos, quem acredita que Chitãozinho e Xororó, de fato, dirigem caminhões só pra zoar, nas folgas, em suas infinitas fazendas? Cut the crap. E é por aí mesmo. Faz parte do jogo. No íntimo, foda-se se a figura que protagoniza o filme desta ou daquela marca a utiliza ou não. O que importa é o barulho que sua aparição causa. Às vezes o não usar é útil pra estimular o consumo.
Pois bem, na edição do último domingo da Folha de S. Paulo, Sandy, em entrevista a Monica Bergamo, declarou:
Cerveja realmente não é minha bebida preferida. O que não gosto na cerveja é do gosto amargo. Eu gosto de bebida doce, vinho etc. Mas isso não tem problema. Ou todo mundo acha que a Xuxa usa Monange e que o Luciano Huck e a Angélica usam Niely Gold?
Óbvio. Eu já sabia, todo mundo sabe, só as meninas que davam ursinhos pro Junior talvez não soubessem.
Pois bem, caiu meu queixo quando Xuxa e o onipresente e asséptico Luciano Huck se ofenderam e comentaram que, sim, consomem e admiram os produtos que anunciam. A rainha dos baixinhos(?!) declarou que, inclusive, tem um creme preferido, “o azul”.
Peraí, a Sandy ofendeu nossos mártires da boa propaganda (#ironia), a que faz que só anuncia o que consome?
Então eu gosto dela.
E você aí de casa, baixinho ou baixinha, cueca ou calcinha de plantão, acha que faz diferença o cidadão consumir ou não o produto que anuncia? Mande exemplos, se possível for.
Let’s have some fun que hoje meu inglês tá tinindo.