Quando chega o fim do dia, todo mundo é artista
Fim do dia após uma diária puxada de gravação culminada em várias tretas de jobs pendentes, em pré ou pós-produção, pra resolver. Bom, de qualquer forma, cheguei em casa me sentindo legal, dirigir é bom. Pra mim, é como surfar ou pular de para-quedas, com a decisiva diferença que eu não faço nenhum dos dois, minha adrenalina é focada em construção de conteúdo. Enfim, cada um na sua.
Portanto, falando da minha, quando escrevo, formato ou dirijo algo, é consequência de uma inundação de referências que vem desde minha infância até aquele videozinho maluco visto na semana anterior. Tem que fluir uma exaustiva e prazeirosa sucessão de epifanias pra terminar o dia no lucro. Às vezes, e sei que isso é um pouco bobo, até me sinto meio artista.
Daí que, entre um episódio de Law & Order: Special Victims Unit e o primeiro jogo da final da NBA, tava dando um rolê no querido Vimeo e, entre outras delícias, chafurdei numa animação maravilhosa que ilustra muito bem a supracitada sensação que tenho ao botar a mão na massa. O nome do filme é Dripped, uma produção da ChezEddy, uma produtora de Paris especializada em efeitos gráficos, 3D e animações diversas.
De quebra, trata-se de uma homenagem ao genial Jackson Pollock, um cara que falava tudo, em suas obras, sem falar nada objetivamente. Só sensação e porrada. Lindo demais.