Vá de retro, Satanás!
Sábado, 4 de Junho, dia de ver White Stripes pela primeira vez em São Paulo. Pista lotada e que foi completamente incendiada quando Jack e Meg abriram tocando “Dead Leaves and the Dirty Ground”.
Eu que estava bem na frente, fui “carregado” pro meio, nem tinha o que eu pudesse fazer. Totalmente covardia começar o show com essa música, mas não poderia ser melhor.
O que se seguiram foram diversos clássicos da banda, com uma ou outra música do excelente novo álbum “Get Behind Me Satan”, que comprei por apenas R$ 20,90 na Fnac, quatro dias antes do lançamento mundial. Eu já tinha gostado de “Blue Ochird”, ao vivo então.
Jack tem muita presença de palco. Falou aqueles clichês básicos de artistas internacionais quando vem ao Brasil, disse que quer voltar à São Paulo o mais rápido possível, mas também deu provas disso. Disse que faria o show um pouco mais longo aqui e perguntou: “Só se vocês quiserem ouvir ‘Seven Nation Army’ logo e irem embora. Querem?”
Todo mundo berrou que não, lógico, e até “Little Ghost” do novo disco foi tocada. Mesmo assim, ainda achei o show curto, pouco menos de 1 hora e meia. Nem tocaram as maravilhosas “We Are Going To Be Friends” e “Fell in Love With a Girl”.
Muita gente acha que ela não faz nada, como li em algumas críticas, mas Meg também manda muito bem e é carismática, apesar da timidez na hora de cantar. “Jolene” é uma das músicas que eu mais esperava, e ficou linda com todo mundo cantando junto, assim como com “I Just Dont Know What To Do With Myself” e “Hotel Yorba”.
Quanto a “Seven Nation Army” acho que nem adianta comentar. Pois é quase impossível transmitir em palavras o extase do público perante o hino do White Stripes.
Se eu pudesse mudar alguma coisa, mudaria o set list. Tudo bem que o virtuosismo de “The Union Forever” é bacana, mas cadê “Hello Operator” ou “The Same Boy You’ve Always Known” por exemplo? Deveriam ser obrigatórias em todo show, ainda mais em uma cidade que nunca vieram antes.
O palco baixo do Credicard Hall não ajuda em nada. Muita gente reclamando que sequer havia conseguido ver a Meg na bateria. Sem contar que a acústica do Credicard também não é lá essas coisas.
De qualquer forma, foi um show inesquecível. De deixar na expectativa para que eles voltem e toquem as músicas que ficaram faltando. O velho e bom rock ‘n roll sem modismos, apetrechos tecnológicos ou qualquer coisa. Apenas uma guitarra e uma bateria, fazendo parecer que tem uma banda completa no palco.
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