Post novo, cena 1, take 1
Sempre trampei com conteúdo para web, basicamente texto e foto, que era o que rolava quando comecei, precisamente em 2000, na primeira redação do portal iG. Cheguei, inclusive a cobrir quatro edições da Semana de Moda – Casa de Criadores nos idos de 2002/2003, operando uma Mavica, primeira geração. Fotografando, sim, quão bizarro, não? Enfim, nunca pensei que fosse trabalhar diretamente com vídeo, seja produzindo, dirigindo ou escrevendo. Mas calhou que caí nessa.
Os anos passaram e, quando vi, estava no set/estúdio/externa, adrenado, repassando texto com sei lá quem, conferindo enquadramento, ouvindo sobre limitações do orçamento, vendo diretor de arte dizendo que falta laranja no vídeo, pedindo algo bizarro pra produtora, refletindo se o real diretor daquela merda não é minha assistente e, o principal, beliscando delicinhas nos caterings da vida. Na medida do possível, quase sempre, sussa. É um processo delicioso demais pra se desperdiçar com estresse babaca.
Por isso fiquei feliz quando tomei conhecimento do vídeo abaixo. Yousheng Tang, operador gringo e fodaço de steady cam, dirigiu esse filme, que emocionou meu coração cervejeiro e apaixonado pelo universo que ele homenageia.
Vê aí, tem o dom?
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Estive longe deste espaço por um tempo. A razão foi quase inconsciente, um tanto covarde, mas justificada: minha funça no audiovisual se chocou, de forma inesperada e inconveniente, com a de editor daqui. A eterna dualidade analista de conteúdo versus cara do mercado e, enfim, bateu a sensação de um vira-lata mordendo meu calcanhar. Já era. Passou. Até pensei que a rapaziada que me trolla pudesse, por ventura, estar certa, que falar das coisas que fiz, faço ou deixo de fazer fosse mesmo cagada.
Como disse, já passou. Tenho muita pica pra distribuir ainda.