A gripe do anúncio indesejado
O artísta espanhol Lino Lago apresentou uma série de trabalhos que, embora pareçam montagem de Photoshop, são duras críticas feitas em óleo sobre tela. Uma série que abre espaço para a discussão do exagero da veiculação de anúncios, não nos veículos tradicionais, mas sim nos lugares mais improváveis: onde não gostaríamos de interferências, e no entanto…
Sabemos que isso não é um exagero. Minha opinião pessoal é que realmente existe uma linha muito tênue entre onde eu “espero” ser atingido (revistas, TV, cinema, jornais, etc) / onde eu “sei que talvez possa” ser atingido (game, blu-ray, bar, restaurante, trânsito, etc) / onde eu “não quero” ser atingido. Vou dar um exemplo: em uma viagem em maio deste ano, saí do hotel louco para conhecer os canais de Veneza… e dei de cara com isto:
O vídeo exemplifica um caso MÁXIMO de insanidade por parte da agência que propôs a idéia, e da prefeitura italiana que ($) aceitou. E como sabemos: isso não acontece só por lá. Ações inteligentes em locais inesperados são louváveis. Cito o caso da orquestra de câmara que a Fischer colocou nos cinemas, acompanhando o filme de lançamento do Accord, em 2008. Mas é preciso usar o bom senso, para não acabarmos fazendo com que a obra de Lino Lago se torne (ainda mais) verdade.
Pensem nisso.