Kindle Fire in hole!

Kindle Fire in hole!

por Leonardo Dias
fire

Na última semana, desde que a Amazon anunciou o novíssimo Kindle Fire, tenho ouvido muita gente falando e escrevendo o quão impressionante é o device (veja mais aqui mesmo no B9 com matéria do Merigo). Não necessariamente pelas suas especificações. Até por que Jeff Bezos aprendeu bem com a Apple e sequer focou nisso. O que chama atenção à primeira vista, e com razão, é o preço. Pô, 199 doleta por um tablet é um puta bom negócio. A segunda vista, se fala da interface bacana e simples que a Amazon colocou por cima do Android e o serviço proporcionado pelo seu novo browser, o Silk, complementado pelos Cloud Services da AWS (Amazon Web Services).

Para compensar um hardware magrinho, o Fire utilizará um conceito que não é novidade. O próprio Opera for mobile, já fazia isso: o de usar um proxy, um servidor intermediário, para atuar entre o dispositivo “pobrinho” e a “rica” internet. O resultado é que os computadores da Amazon, por terem milhões de vezes mais capacidade de processamento e de banda, conseguem acessar uma página muito mais rápido que um dispositivo mobile. Além disso, pela própria natureza de como as páginas são feitas, uma típica tela HTML costuma buscar conteúdos de mais de uma dezena de domínios diferentes. E os tempos de conexão com cada um desses servidores, apesar de pequenos, vão se somando. O Silk, com seu conceito de “Split” vai centralizar na Amazon essas conexões e fazer com que o tablet só precise se conectar a um servidor.

Outras vantagens são de que não adianta acessar um site com imagens de 3Mb, se na telinha do Fire, só visualizamos uma imagem com tamanho correspondente à 50Kb. Resultado: a Amazon diminuirá a imagem para você e só manda o arquivo na qualidade que você veria mesmo. Mais rápido e ainda economiza no 3G. Além disso, sites muito acessados terão seu conteúdo cacheado. Fazendo que a transferência para o Fire seja instantânea. :)

Até aí tudo bem, tava tudo na palestra do tio Bezos. O que ninguém contou é o que isso tudo permitirá à Amazon.

Com o volume de vendas que o Fire certamente terá. Por conta da qualidade, do preço do produto e serviços agregados a Amazon certamente se tornará “O” grande player do mundo dos Tablets “não iOS”. Como consequência, milhões e milhões de pessoas passarão a navegar nos dispositivos e toda a sua navegação, todos os sites que cada uma dessas pessoas acessar, passará antes pelos servidores AWS. Isso servirá para montar uma base de informação unificada sem precedentes sobre os hábitos dos usuários.

A Amazon vem aperfeiçoando seus algoritmos preditivos há quinze anos. Eles são as estrelas por trás das sugestões de compra que vemos no site. São inferências precisas baseadas nas informações de gostos, opiniões e de compras reais. Não só uma coisa que alguém simplesmente “like”, mas sim algo que gosta a ponto de comprar. Então imagine esses algoritmos preditivos não somente sendo usados para prever qual a próxima página que você vai acessar e pré-cachea-la. Mas para promover anúncios ultra-específicos (e o que você achou que seria?) sobre coisas que você ainda nem sabia que queria. Mas que a Amazon sabia, afinal, consumidores que compraram isso, compraram também…”. A Amazon poderia te oferecer sugestões baseadas não somente pelo seu histórico com a própria Amazon, mas também levando em conta aquela navegadinha que você deu no site do Submarino, ou no banner da B&H Photo que você clicou no NY Times.

Se o Google sabe tudo o que já passou pois tem tudo o que já foi publicado na web catalogado e o Facebook sabe tudo sobre o agora, pois tem o conteúdo do que as pessoas estão dizendo em tempo real, a Amazon saberá o futuro. Fundamentado nos seus poderosos algoritmos e no que deverá se tornar uma das maiores bases de dados de hábitos online já criadas.

Junte a isso os serviços de filmes, música, livros, apps e tudo mais o que estiver no pipeline de Bezos e você terá uma ideia do que nos espera. Algo que me lembra bastante o trabalho acadêmico que gerou o filme EPIC, de 2004, que “previa”, entre outras coisas, o que aconteceria se juntássemos os dados de busca do Google e os algoritmos preditivos da Amazon. Algo que, nas previsões do curta, viria a ser uma empresa chamada “Googlezon”.

Bem, a Amazon poderá conseguir isso, sem precisar do Google.

Certamente ainda ouviremos muito sobre todas as questões de privacidade que o tema certamente levanta. Mas vai ser interessante ver como Apple, Google e Facebook se posicionarão depois do Fire. Afinal, todos estão querendo nos trazer para seu jardim cercado. Alguns com cercas mais altas, outros com menos. Mas a Amazon está numa posição de criar um jardim que englobe dentro dele as cercas de Google e Facebook. E a Apple? Ahhh a Apple é a Apple. :)

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