A Luiza não precisa voltar do Canadá
atualizado – Luisa é com z
Os dias passam, todos falam o tempo todo de algo muito engraçado: pode ser o choque do Lasier, o Lidio Mateus cantando uma música do Fresno, todo mundo falando qualquer coisa, só que ao contrário, ou mesmo descartando a Luiza, que está no Canadá.
Acho meio mágico milhares, talvez milhões, de pessoas rindo e produzindo conteúdo humorístico com a mesma deixa e raramente havendo alguma peça que não tenha graça. Foda. Pra gente que vive reclamando da vida mesmo vivendo muito mais e melhor que qualquer dos nossos antepassados jamais sonhou viver, deveria ser um alento e tanto. Mas não é.
Tem um momento que o tal do senso comum decide que acabou a piada, que ela cansou. Mas ela não cansou, em minha opinião. São alguns rabugentos cujas piadas não foram muito bem sucedidas ou que perderam a deixa.
Aliás, pior, que perderam a graça. E, dentre os mistérios da mente humana, está este: a tentação de aderir ao corte, o medo de passar a linha social do “basta”, de ir além do embargo pela repetição, de não se permitir rir e rir e rir da mesma coisa, que, no final das contas, esta sim, não perdeu a graça. Afinal, senhoras e senhores, uma das regras basilares do humor é a repetição.
Escrevo para decretar que, a despeito de toda babaquice vespertina global, para mim, a Luiza nunca vai voltar do Canadá. E tenho dito.