Twitter no Japão cria modelo pago para contas premium a partir de janeiro
Vendo a notícia postada essa manhã no Techcrunch me coloquei a pensar sobre como esse modelo proposto funcionaria por aqui.
A matéria diz que o Twitter japonês, com controle meio que independente do Twitter do resto do mundo, e o primeiro a introduzir formatos publicitários em suas páginas, pretende cobrar dos usuários uma taxa para seguirem usuários premium. Essas taxas variariam de $1.15 a $11.5 e seriam cobradas via cartão de crédito ou debitadas na sua conta de celular, e o Twitter ficaria com 30% dessa grana, e o usuário ganharia com o resto.
E por aqui. Como isso funcionaria?
Sabemos que por consequência do modelo comercial baseado em mídia, herança péssima do mercado de publicidade tradicional, a internet no Brasil ganhou essa cultura de que não se paga por conteúdo.
O usuário não sabe pagar, e quem gera conteúdo, seja um jornal ou um twitteiro, não sabem cobrar.
Digo que isso é um problema do Brasil, porque lentamente a maturidade do mercado externo valoriza o conteúdo, e também porque o modelo agência + BV é cada vez mais fadado ao abandono. E claro, porque aqui é possível comprar os últimos lançamentos em games, filmes, séries e softwares em qualquer banquinha no meio de uma rua do Itaim.
Será cultural a opção do Twitter em manter uma operação exclusiva pro Japão?
Será que o aumento de usuários brasileiros na “ferramenta de micro-blog” (como um grande canal de TV costuma rotular) faria com que um modelo específico fosse desenvolvido para os usuários mal educados daqui?
O que seria considerado usuário premium? Contas de empresas que usam o Twitter como gerenciador de conteúdo ou usuários celebridade com trilhões de seguidores? Você, pagaria para ver o @cnn, pra ver o @realwbonner ou não pagaria pra ver nada?
EDIT: O Techcrunch publicou uma notícia com uma novidade divulgada pela Digital Garage (responsável pelo twitter no Japão). O link da notícia é esse: http://www.techcrunch.com/2009/11/28/misunderstanding-twitter-japan-now-says-there-wont-be-a-subscription/