De uns tempos pra cá, o mundo da publicidade vem perdendo seu status e passando por uma espécie de “crise”: cada vez menos pessoas desejam entrar para o nosso mercado.
Para tentar reverter esse cenário, foi criado o The 4A’s TruthBrief Competition, projeto que anualmente publica um briefing aberto para que pessoas e agências de todo o mundo pensem em como vender a própria publicidade. E mais do que isso: mostrem seu real valor não só para a economia, mas também para a sociedade. Tudo isso com o objetivo de atrair uma nova geração de talentos.
Isso tem tudo a ver com a discussão que já tivemos aqui (e em diversas mesas de bar nos happy hours pós-expediente) sobre os ambientes de trabalho dentro de agências, o ritmo que muitos profissionais impõem a si mesmos e principalmente – ainda mais filosófico – qual o real papel de um publicitário.
“Não me parece fazer do mundo um lugar melhor ou mais bonito.”
Este ano, para responder ao TruthBrief, a Leo Burnett de Chicago pegou algumas de suas melhores criações, tirou o logo ou packshot do cliente para quem as campanhas foram feitas e montou uma exposição de “arte” no campus de uma faculdade.
O resultado está no vídeo acima, abrindo com depoimentos sobre o que as pessoas acham da publicidade e sua baixa relevância, seguidos pelas reações do público ao ver as obras de arte e analisar a técnica usada, as emoções despertadas, a mensagem genial que o artista quis passar.
De certa forma, beira o engraçado ver as pessoas em uma postura tão contemplativa diante de peças publicitárias, tirando foto pra publicar no Instagram e colocando várias camadas de interpretações possíveis a cada imagem. Mas é muito interessante voltar a ver a publicidade como algo que entretém, que deixa de ser superficial e que de fato comunica conceitos. Dá um sentimento quase nostálgico ver que, mesmo sem logo, aquelas intermináveis discussões em reuniões de brainstorm podem, no final das contas, valer a pena.