SXSW 2014: Mobile já é maioria. E agora?
Simplifique o uso, simplifique a adoção, simplifique o resultado.
No palco: Jonathan Nielsen (Backcountry), Mike Lowe (Golf Channel), Richard TIng (R/GA), Scott Kveton (Urban Airship)
A partir do momento em que as pessoas começam a passar mais tempo online em seus celulares do que em seus desktops, é mais do que factível pensarmos em comunicação criada para mobile (e não adaptada para mobile). Mas para isso acontecer é necessário entender que a relação de uso que o público tem com esse tipo de gadget é diferente do desktop, incluindo variações como frequência, mobilidade e hábito de compra/troca.
Também vale pensar que o conceito mobile não se restringe aos celulares e tablets. Todos os “tech wearables” – tema recorrente de muitas palestras do SXSW 2014 – compõem esse mix. E não podemos esquecer que alguns produtos relacionados também podem entrar na lista, como por exemplo a GoPro sendo a versão mobile das câmeras fotográficas.
Por estarem sempre lado a lado com as pessoas, é comum que a gente pense em experiências bastante imersivas e complexas, mas a verdade é que, em mobile, muitas vezes o que você valoriza é uma experiência rápida e boa.
É necessário respeitar a rotina do usuário para ter certeza de que a experiência oferecida não canibalize a ação principal desejada, como por exemplo um app de PDV que toma tanto a atenção do usuário que ele até esquece de efetuar a compra. Simplifique o uso, simplifique a adoção, simplifique o resultado.
Dica que aprendi: é primordial saber dizer não à tecnologia quando ela ainda for muito complexa. Esse tipo de tecnologia costuma impressionar a equipe que está trabalhando nisso, mas não tanto o consumidor
Pergunta que não quer calar: como criar coisas tão novas que não dependam de determinado gadget (pode ser num celular, num relógio que mede a pressão ou numa camiseta que mede seu nível de stress).
[Ilustração: Fernando Weno]