SXSW 2014: Esportes, uma competição cada vez mais real e personalizada
O festival contou com uma série exclusiva sobre esportes que pode ser acompanhada pela hashtag #SXSWsports
“The printed athlete: sports embraces 3D printing”
No palco: Jeff Beckham (autor), Mike Vasquez (Tribal Sciences)
“Connected TVs & the future of sports entertainment”
No palco: Hank Adams (Sportvision)
O SXSW contou com uma série exclusiva sobre esportes que pode ser acompanhada pela hashtag #SXSWsports. Do que eu consegui ver desse tema, duas coisas me chamaram atenção: uma direcionada aos atletas e outra direcionada ao consumidor de esportes.
Do lado do atleta, a impressão 3D tem feito grandes avanços no campo de personalização. Nunca foi tão barato – e tão rápido – criar chuteiras para cada tipo de pé, pranchas de snowboard com a aerodinâmica exata para aquele corpo ou tacos de golfe perfeitos para tal pessoa. E o uso vai além dos equipamentos de esporte.
Mike Vasquez contou que participou de um projeto no qual eles precisavam desenvolver cadeiras para os jogadores alto escalão de basquete para eles descansarem ao máximo nos intervalos dos jogos. “Além de serem muito altos e já não se adaptarem aos tamanhos comuns de cadeiras, eles ainda possuem corpos assimétricos. É comum, por exemplo, um jogador de basquete ter um joelho mais alto do que o outro”, explicou Vasquez.
Já do lado do consumidor de esportes, me chamou a atenção o live gaming, uma tecnologia que permite que uma pessoa faça parte de um game baseado no que está acontecendo em tempo real.
Por exemplo, o usuário vai poder inserir via game um carro extra numa corrida de Fórmula 1 que está sendo transmitida em tempo real. Ou seja, ele assiste a corrida e ainda pode competir com os pilotos oficiais em sua televisão.
De acordo com Hank Adams, “isso ainda está sendo elaborado para cada tipo de esporte, uma vez que é muito mais fácil inserir um carro extra na Fórmula 1 do que inserir um jogador a mais no campo de futebol. De qualquer jeito, em breve todos poderão competir com os atletas reais”.
Dica que aprendi: a personalização de roupas e acessórios têm níveis de utilidade. Pense em classificá-los de forma diferente para o consumidor final e para o atleta profissional.
Pergunta que não quer calar: será que experiências tão imersivas de games tiram o foco do esporte como um espetáculo?
[Ilustração: Fernando Weno]