Telefonica patrocina Twitter de Marcelo Tas em campanha para Xtreme
Com a popularização do Twitter, que cresceu 1382% em apenas um ano (segundo dados da Nielsen Online), uma discussão começa a ganhar os holofotes além daquela velha pergunta de “como o Twitter vai se tornar rentável?”. Ou melhor, não é uma nova discussão, e sim a mesma que temos acompanhado em torno dos blogs a respeito de posts pagos, presentinhos, convites e o assédio de marcas.
Até hoje parecia apenas mais um #mimimi, como chamamos os chororôs generalizados no Twitter, só que o Wall Street Journal publicou uma matéria sobre o acordo do apresentador Marcelo Tas com a Telefonica, que farão uma campanha publicitária através da ferramenta de micro-blogging.
Tas foi contratado pela empresa espanhola para ser o porta-voz do Xtreme, serviço de internet e TV por fibra-óptica. Um dos aspectos da campanha é que Tas deverá mencionar o produto da Telefonica pelo menos 20 vezes por mês em seu perfil no Twitter, o mais popular do Brasil com quase 19 mil seguidores.
A iniciativa foi criada pela iThink, que escolheu o Twitter e outras ferramentas online para atingir um público bem segmentado, já que o serviço da Telefonica estará disponível apenas para 370 mil domicílios no país.
Na semana passada, quando participei de um encontro promovido pela Telefonica para apresentar o Xtreme, com a presença do próprio Marcelo Tas, já imaginei a polêmica que os tais tweets patrocinados poderiam causar. A matéria do WSJ deflagrou uma grande discussão no próprio Twitter sobre a validade desse tipo de ação, muito similar aquilo que vimos quando “uma grande marca de refrigerantes” resolveu mandar geladeirinhas (que não eram USB) para diversos blogueiros. Acompanhe pela tag #twitterdealuguel.
Não dá para dizer muito sem saber como a campanha se desenrolará no Twitter, qual o tipo de conteúdo que será enviado por Marcelo Tas. Ele mesmo comentou há pouco: “Para os ejaculadores precoces que quiserem unfollow, suerte e byebye…”.
O que eu posso imaginar é que parece existir uma paranóia atualmente, medo de propaganda, como se ela já não estivesse presente de forma indelével na nossa vida cotidiana. Ninguém reclama de celebridades como garotos-propaganda em comerciais de TV ou em anúncios de revista, só o que muda agora é o formato.
Sempre defendemos por aí o uso de novas mídias e maneiras diferentes e engajadoras de se comunicar com os consumidores, portanto, vale a experiência, a aposta em uma ferramenta nova, desde que o conteúdo seja inteligente.
É esperar pra ver. Mas enquanto isso, e você, o que acha?