Uma noite (com um robô) no museu
Depois que as portas do Tate Britain se fecham para o público, robôs circulam pelas salas do museu, controlados via internet por gente do mundo todo
No fim do dia, o museu Tate Britain, em Londres, fecha as suas portas para visitantes e manda seus funcionários para descansar em casa. Contudo, até esse domingo, dia 17, um tipo especial de visitante será autorizado a circular pelos seus salões: esses robozinhos.
Criados pelos designers da The Workers, eles foram criados para serem controlados via internet por gente do mundo todo, que dessa forma ganha a chance de circular pelo museu durante a noite, horário em que ninguém é autorizado a circular pelos corredores, com exceção dos robôs, que contém lanternas para iluminar a obra desejada, e câmeras que transmitem as imagens via web.
Através do site AfterDark, os interessados podem se inscrever para participar dos turnos de ‘pilotagem’ dos robôs – cada visitante virtual pode controla-los por um tempo, e depois o sistema automaticamente passa a vez a outra pessoa.
O AfterDark funcionará todos os dias a partir das 22:00 em Londres (18:00 aqui no Brasil), e especialmente hoje abrirá um pouco mais cedo, a partir das 19:30 (15:30 no Brasil), para dar a chance das crianças também fazerem a visita com os robôs.
E não há perigo algum caso haja algum ‘motorista de robô’ mais desastrado: os robôs são controlados por botões na tela do site, podendo andar em diversas direções e ‘olhar’ para cima e para baixo, mas eles vão manter uma distância segura das obras de arte, mas se os robôs chegarem muito perto de um objeto, eles não vão se mexer mais, e vão notificar o motorista através da interface de controle.
Ao acessar o AfterDark nos horários estabelecidos, os visitantes vão poder escolher acompanhar um dos quatro robôs disponíveis, contando também com comentários de guias do museu, que estarão online.
Pela incrível iniciativa, a ideia recebeu o IK Prize, prêmio oferecido pelo museu para ‘celebrar o talento criativo na indústria digital’, já que a união de criatividade digital e uso imaginativo da tecnologia está ajudando a levar o conhecimento sobre arte para audiências muito maiores do que o museu poderia comportar tradicionalmente. Tanto que até o astronauta Chris Hadfield deu ‘a sua voltinha’ no museu, a partir da sua casa em Toronto, no Canadá, como parte do esforço de teste da plataforma.
O bacana é pensar que, depois de passear durante a noite, vai ter muita gente querendo ir ao museu durante o dia para ver a obra sob um outro ângulo e outra iluminação.