Identidade SP quer criar um logo para cada um dos 450 bairros paulistanos
Mooca, Vila Madalena, Liberdade, Perdizes, Brooklin Novo e Itaim estão entre os primeiros a ganhar sua própria identidade
Dar o seu endereço às vezes é algo que você faz em modo automático. Basta citar rua, número, bairro e CEP e pronto, endereço dado. Mas não foi assim com o designer gráfico e fotógrafo profissional Pedro Campos. Certo dia, ele se pegou encasquetado com o significado de Butantã, o bairro onde ele vivia. A curiosidade foi respondida com um bocado de pesquisas, e a vontade de fazer uma espécie de brasão para o local. Isso era lá em 2009.
Desde então, como muitos e muitos projetos de gente criativa, a ideia ficou no caderninho. Mas em 2013 Pedro encontrou meios de coloca-la em prática, e surgia o Identidade São Paulo, um projeto lindíssimo de redescoberta da cidade de São Paulo.
O primeiro bairro a ter seu logo desenhado foi o da Sé, considerado o marco zero da cidade de São Paulo. Aos poucos, outros bairros foram sendo desenhados, e ganhando uma página especial que conta um pouquinho da história deles e da pesquisa feita por Pedro.
É o caso dos bairros Santa Ifigênia, Moema, Santo Amaro, Jaçanã, Pinheiros, Itaim Bibi, Higienópolis, Mooca, Canindé, Liberdade, Cambuci, Casa Verde, Pacaembu, Limão e Vila Madalena. A criação de cada um dos logos remete à algo da história do bairro, e é capaz de transformar os residentes ao dar-lhes ainda mais orgulho e conhecimento sobre o local onde moram.
O projeto atualmente é tocado por Pedro e sua esposa, que juntos fazem pesquisas, postam em redes sociais e produzem conteúdo para o site Identidade São Paulo. Para 2015, o casal tem a intenção de produzir uma loja online do projeto, comercializando souvenirs de cada um dos bairros – seriam camisetas, ecobags, capas de smartphones, canecas, caderninhos, almofadas e quadros com as representações gráficas de cada um dos bairros paulistanos.
A longo prazo, Pedro espera conseguir retratar todos os mais de 450 bairros paulistanos. Olhando o resultado, a esperança que tenho é que ele não apenas consiga tocar o projeto, mas também encontrar apoio para mantê-lo vivo, já que acima de tudo, trata-se de um registro histórico sobre os bairros da capital paulista.