Pinturas mostram uma Suécia de ficção científica
Máquinas, dinossauros e natureza coexistem no mundo futurista criado por Simon Stålenhag
Um pensamento sobre o futuro: uma vez que ele chega, já não parece mais tão futurista assim. Apesar de tanto avanço, ao olhar em volta, tudo parece bastante normal. Não há carros voando, robôs andando pelas ruas, máquinas confundidas com arranha-céus. Pelo menos é essa a sensação que tenho quando olho para as pintaras digitais do sueco Simon Stålenhag.
Mostrando um universo único, suas artes carregam o dia a dia dos humanos e suas atividades rotineiras, porém tem como pano de fundo máquinas gigantescas e tecnologias que ainda desconhecemos. E é justamente esse sentimento comum, de uma paisagem até que natural – onde ninguém parece tão impressionado com o mundo das máquinas que os rodeia – que faz as obras de Simon Stålenhag tão impressionantes.
O trabalho de Stålenhag é dominado por um ar utópico, influenciado pelas paisagens suecas a serem exploradas. As construções e máquinas aqui são apenas um adendo, esquecidas em gramados, beirando à ferrugem e decadência enquanto a natureza continua viva.
Antes coisa de ficção científica, hoje os avanços tecnológicos são quase invisíveis aos nossos olhos, tão acostumados a viver no futuro.
“Comecei pintando com guache e aquarela. Hoje me esforço para preservar esse ar natural e analógico nas artes digitais .” – Simon Stålenhag, para Wired
Desde criança, Stålenhag conta que já se interessava por filmes de ficção científica. Mas foi depois de descobrir artistas como Ralph McQuarrie (que fez as artes de E.T. e da trilogia de Star Wars) e Syd Mead (design conceitual de Blade Runner e Alien) que decidiu se aventurar a pintar sobre isso.
Além de trabalhar ilustrando e criando conceitos para games, filmes e comerciais, Simon Stålenhag recentemente criou um jogo de 16-bit, o Ripple Dot Zero.