A tecnologia de realidade virtual não é exatamente nova. Lembro-me de jogar Wolf (ou seria Quake?) portando um capacete que prometia imagens em 3D na cabeça e um controle em mãos, sem muitas ideias, lá nos anos 90. Somente um grande enjoo posterior e aquela sensação de que os muitos cruzeiros (ou cruzeiros reais?) investidos nos 10 minutos de jogo não valeram lá muito a pena.
Mas eles estão aí, com tudo. Já comentei antes sobre o Oculus Rift (ainda que não tenha falado nada sobre o produto em si) e agora tive contato por aqui com o HTC Vive, fabricado pela chinesa numa parceria com a Valve e com o novo Samsung Gear VR, que permite acoplar um Galaxy S6 ou S6 Edge (leia sobre eles aqui) e transformar o conjunto numa potente central de entretenimento.
Ainda que seja uma experiência muito mais confortável que a dos anos 90, ainda fico com aquela sensação de que não vale a pena pagar o que será pedido pela chance de ser um dos primeiros a ter um brinquedo desses em casa.
Entretanto, não entenda com estas palavras que considero a tecnologia inútil e sem futuro. Pelo contrário: acredito que será bem popular em alguns anos possuir algum tipo de aparato de realidade virtual, ainda mais se for algo prático como acoplar o smartphone em um capacete ou uma caixa – esta última a aposta do Google para popularizar a brincadeira.
Mas vamos ao que interessa: as experiências com os produtos.
A HTC infelizmente não permitia que os jornalistas do terceiro mundo sequer tocassem no Vive. Mas aqui estou eu sambando na cara dos magnatas chineses. E não, não deixaram eu fazer mais do que isso.
Já com o Gear VR da Samsung, passei alguns bons minutos jogando Into the Dead, em que o objetivo é fugir de zumbis e durar o maior tempo possível (como você já deve saber, levo esta ameaça muito a sério).
Acima: a realidade virtual – Só na mãozada eu deitei seis, mas detestei matar. Abaixo, a real: só mais um gordo jogando videogame.
Veredicto: Se for para gastar algum dinheiro com isso, ainda fico com a solução mambembe do Google. Mas o investimento em uma boa tela pode melhorar bastante a experiência, e os novos lançamentos de HTC e Samsung esbanjam resolução. Ainda aguardo ansiosamente para testar os produtos com o tipo de conteúdo que os tornarão realmente populares: