“In Memory”, um mini documentário sobre o luto na era digital
As redes sociais podem ser uma forma de ajudar a superar a morte de um ente querido
Lidar com a morte sempre foi um desafio. Com a massificação da presença digital, o luto ganha novos aspectos, e novos obstáculos. Afinal, será que os perfis de um ente querido que se foi precisam ser apagados, ou podem se transformar em memoriais que ajudam quem ficou a superar esse período tão difícil?
Esse mini-documentário, produzido pelos participantes de um programa criativo da agência 72andSunny, destaca os diferentes aspectos de um caso ainda mais complexo, que é o de um suicídio.
Focado na história do artista performático Plainwhite Tom, o filme, que tem cerca de 11 minutos, mostra quão complexo foi para os amigos e familiares de Tom lidarem com a despedida que ele fez no Facebook antes de se suicidar.
Depois dos momentos de preocupação e de procura por Tom, o perfil dele no Facebook acabou se mostrando um consolo para os familiares, que encontravam conforto ao saber de tantas pessoas que queriam Tom tão bem, e que deixavam suas mensagens de pesar no mural do artista.
Ainda que a história seja bem triste, é interessante notar que o senso comum de ‘vamos remover tudo dele do ar, porque não quero ser lembrado do aniversário de alguém que morreu’ não funciona para todo mundo. No caso do irmão de Tom, o canal dele no YouTube era uma forma de lidar com o luto, de poder revisitar memórias ao assistir as performances dele.