Um dos principais desafios dos Millennials no mercado de trabalho é equilibrar vida pessoal e profissional
Cada vez mais a prioridade deles é buscar por flexibilidade de horários e locais de realização das atividades
Estabelecer a que horas o seu trabalho começa e termina não tem sido fácil para a mais recente geração de funcionários. Um estudo realizado a pedido da Ernst & Young entrevistou mais de 9 mil colaboradores em tempo integral, em países como EUA, Alemanha, Japão, China, México, Brasil, Índia e Reino Unido, para conhecer os principais desafios deles em relação ao trabalho.
Dentre a parcela de Millennials, quase 50% deles respondeu que estão trabalhando por muitas horas, com apenas 38% dos integrantes da geração X respondendo o mesmo, e apenas 28% dos baby boomers reportando o mesmo problema.
Em geral, 33% relatam sentir que o desafio de equilibrar a vida profissional e a pessoal tem se tornado mais difícil nos últimos 5 anos.
O estudo tem um especial interesse em entender as expectativas dos Millennials, que sofrem uma pressão maior. Eles estão hoje atingindo a maturidade, e enquanto no mercado de trabalho estão conquistando cargos de coordenação e gerência, em casa estão começando a formar famílias ou estão se tornando pais e mães. O desafio acaba sendo equilibrar as responsabilidades profissionais e familiares, explica o estudo.
Por isso, da mesma forma que as empresas têm exigências para seus candidatos, agora os candidatos também querem algo em troca das empresas. Mais do que bons salários, a prioridade desses profissionais Millennials têm sido conquistar a oportunidade de trabalhar em um ambiente flexível em relação a horário de trabalho e a localidade onde o trabalho é realizado.
Boa parte dos Millennials querem poder trabalhar a partir de casa e estão interessados em licenças paternidade e maternidade
Boa parte deles querem a possibilidade de trabalhar a partir de casa e estão interessados em licenças paternidade e maternidade. Da mesma forma, a falta dessas opções é uma das principais causas de demissões – dentre os motivos citados no estudo, estão a estagnação dos salários, a falta de oportunidades de desenvolvimento, muitas horas-extra, um ambiente de trabalho que não encoraja o trabalho cooperativo e um chefe que não compreenda ou não aceite uma certa flexibilidade no trabalho.
Afinal, se as prioridades mudaram, os benefícios também se tornam outros.