Expo 2015: Itália, a anfitriã do evento
O pavilhão italiano e a obra-símbolo da Expo 2015
Receber uma Expo é como receber uma Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos: há candidaturas para cidade-sede e são contados pontos como infraestrutura oferecida (pronta ou a construir) e a relevância e o desenvolvimento do tema. Era claro que um tema intitulado Alimentar o planeta, energia para a vida seria bem desdobrado pela candidatura de Milão, escolhida para sediar a Expo 2015.
A estrutura, como já comentamos por aqui, não decepciona: o corredor dos pavilhões tem quase três quilômetros de comprimento e a área ocupada pela feira tem 110 hectares. Há uma estação de metrô e de trens bem próxima e chega-se ao centro ou do centro da cidade em pouco mais de 20 minutos. A expectativa italiana em torno do evento era grande: atrair 20 milhões de turistas (a título de comparação, quatro vezes o que o Brasil inteiro recebe anualmente) e cravar um marco da recuperação econômica após a crise de 2008.
Como anfitriã, a Itália dispõe também do maior pavilhão do evento, disposto em uma rua transversal ao principal corredor. Por esta rua, erguem-se prédios que mais se parecem com lojas de um shopping center, anunciando as produções de cada região da Itália. Vinhos, massas, queijos, produção agrícola, tudo devidamente representado.
No fundo da rua, o Palazzo Itália aparece como o maior prédio de todo o evento, sendo o único projetado para permanecer após o término da Expo. O projeto é assinado pelo Studio Nemesi e recria as árvores de uma floresta com os ramos em concreto na parte externa do prédio. Viagem demais?
Neste palácio ocorre a exposição de maior fila de toda a feira, anunciando a produção de alimentos na Itália de hoje e dos próximos anos. Não muito longe dali, os visitantes têm à disposição outra obra permanente do espaço: a Árvore da Vida é um monumento de 37 metros, desenvolvido pela Orgoglio Brescia, um consórcio de empresas locais, e erguido no meio de um lago artificial, por sua vez cercado por uma arquibancada. Neste Lake Arena, shows musicais com luzes e jatos de água são a atração mais democrática da feira: é só chegar, não tem fila, não.
A Árvore da Vida é a obra-símbolo da feira, famosa por deixar algum tipo de marco nas cidades por onde passa. Claro, é mais acanhada do que a Torre Eiffel (Paris 1900) ou do que a Space Needle (Seattle 1962), mas ainda assim chama a atenção e tem lá seu charme. E convenhamos que Freud explica essa sanha de se querer erguer o monumento mais alto :)