Exposição da Pinacoteca de São Paulo ganha comercial que exalta a luta das mulheres
“Mulheres Radicais” reúne obras de mulheres latino-americanas que lutaram contra a opressão entre os anos 60 e 80
A Pinacoteca do Estado de São Paulo abriu no último mês de agosto a exposição “Mulheres Radicais”, mostra de arte que reúne um grande conjunto de obras realizadas por mulheres latino-americanas entre os anos de 1960 e 1985. Entre as artistas selecionadas, nomes conhecidos como Lygia Pape e Cecilia Vicuña se somam a nomes menos conhecidos como a mexicana Maria Eugenia Chellet e a brasileira Leticia Parente.
Para divulgar a nova atração, o museu lançou em parceria com a F/Nazca Saatchi & Saatchi uma campanha que busca trazer à tona a luta destas artistas, capitaneada por um comercial que sintetiza as diversas formas encontradas por elas para evidenciar este processo.
Intitulado “Mulheres Radicais”, o vídeo de dois minutos e meio segue uma proposta visual mais ou menos semelhante à das diversas artistas selecionadas pelas curadoras Cecilia Fajardo-Hill e Andrea Giunta, que consiste primariamente de obras que retratam das formas mais experimentais a sensação de viver em uma sociedade dominada pela violência e o aprisionamento da ditadura. O comercial mostra uma mulher sendo perseguida por turbas iradas, enquanto passa por algumas recriações de peças presentes na exposição – e em suas mãos, ela carrega um televisor onde são emitidos discursos de algumas das mulheres escolhidas para compor a mostra. Confira acima.
“As vidas e as obras dessas artistas estão imbricadas com as experiências da ditadura, do aprisionamento, do exílio, tortura, violência, censura e repressão, mas também com a emergência de uma nova sensibilidade” afirma Fajardo-Hill sobre a exposição, que segue na Pinacoteca até o próximo dia 19 de novembro. Além da veiculação do comercial, a campanha também será exibida em redes sociais e “peças de mídia exterior” para alcançar o maior número possível de pessoas.