SXSW 2017: Rudy’s, um restaurante centradinho no usuário.
Tudo está a mão, no lugar certo, na hora certa
Sempre que venho ao SXSW, alguma coisa que me leva a milhas distantes do Austin Convention Center. Rudy’s é um restaurante de beira de estrada, meio redneck, meio posto de gasolina que vende “texas barbecue”.
E não é só pelo suculento brisket – um desfiado de peito bovino lentamente defumado – que eu faço esse rolê. O Rudy’s nem deve ser o primeiro no ranking da cidade. O que a gente encontra lá é a tal da experiência. Adentrando o salão, não é só a atmosfera genuína e a consistência estética que envolve maravilhosamente. É todo o processo. De pinçar a bebida gelada até tirar o molho barbecue.
Tudo está a mão, no lugar certo, na hora certa. Até abrir uma simples garrafa de soda é prazeroso. Depois de se lambuzar mandando pra dentro o corte defumado, pickles e coleslaw, você lava a mão, pega um adesivo comprovando que está limpinho e se quiser leva pra casa o molho dos caras. Essa coisa toda é “boa UX” como tem saído bastante por aí.
Uma experiência projetada com esse cuidado, focada no usuário-consumidor-ser humano, não se restringe apenas no momento em si. O residual é bem poderoso. Me fez advogar a favor deles e catequizar mais dois. E a experiência se estendeu em conversa dentro do carro no caminho da volta, atrasado para o último keynote do evento.