Um passeio pelos bosques da inovação: Reflexões em tempos de SXSW
Escolher as tantas palestras disponíveis é um talento ou loteria?
Feliz por ter estado no SXSW 2017. Chego quieta e volto certamente inquieta. Num mundo igualmente inquieto, a grande certeza que chego é que não existe certo ou errado. Escolher as tantas palestras disponíveis é um talento ou loteria? Seguimos o fluxo da temática ou do palestrante? Acompanhamos todos os keynotes pois esse nos parece o jogo seguro? O que fazemos com nossa ansiedade? Só sei que nada sei.
Só sei que tudo isso me pareceu uma grande analogia ao mundo real, de rede, de compartilhamento, de respostas rápidas, de escolhas urgentes, de um tempo acelerado que não nos deixa refletir mais profundamente sobre esse espírito do tempo presente. Mas diante das escolhas que fiz, garanto que o mais emblemático é a certeza de que esse pacote de experiências únicas me fez melhor.
Melhor por acreditar em ambientes de troca, de aprendizados em progressão geométrica, de gente que esbanja conteúdo, de marcas que representam tanta inovação e de inventos que nos tiram do mundo real. Pois é isso. SXSW mais parece um filme de ficção. Rodado numa cidade pulsante, “friendly”, jovem. Em construção. Feito a quatro mãos. Porque nasce da colaboração. E aponta pra grandes temáticas que são só o início da nossa conversa. Tem um misto de tudo.
Será que estamos de fato fazendo as perguntas certas?
Tem fala sobre diversidade, autenticidade e honestidade. Tem robôs aprendendo a ser humanos, o ser humano no centro de tudo, como protagonista. Tem o protagonismo da mulher. Tem a queda de gênero. Tem a empatia como a bola de todas as vezes. Tem o consumidor como cidadão, as marcas buscando propósito pra gerar engajamento, o conteúdo como uma história que faça sentido na vida das pessoas. Tem a desintermediação, a economia compartilhada, a força da comunidade. Tem realidade virtual e aumentada. Tem interatividade. Tem dados prevendo o comportamento e o futuro.
Tem um mundo gigante que passa diante de nós e o que ficam são perguntas. Pra gente refletir se estamos de fato fazendo as perguntas certas buscando encontrar soluções inovadoras pra gente e pro nosso mundo. Afinal, o que mais ouvimos aqui foi como encontrar essa tal inovação. Qual é o “the next thing”, qual será o novo “Uber”, o novo “AirBnb”, o que vem depois do carro autônomo?
Mas será que estamos de fato fazendo as perguntas certas? E nesse ponto volto pro início da nossa profissão quando aprendemos a exercitar uma simples pergunta. Que problema queremos resolver? Simples assim.
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Esse conteúdo é oferecimento da Apex-Brasil, que divulgará durante o SXSW 2017 a campanha Be Brasil, uma narrativa envolvente que promove um Brasil confiável, inovador, criativo e estratégico no mundo dos negócios. Saiba mais em www.bebrasil.com.br/pt