Luta entre Mayweather e McGregor atinge quase 3 milhões de espectadores em transmissões piratas
O Periscope chegou a se tornar trending topic por causa da luta
Um dos principais eventos deste fim de semana, a luta de boxe entre o campeão do esporte Floyd Mayweather e o lutador de MMA Conor McGregor monopolizou as atenções no sábado a noite. O duelo ocorrido em Las Vegas e que concedeu a Mayweather uma aposentadoria perfeita a uma carreira sem derrotas (foram 50 vitórias em 50 lutas) traduziu-se em bons números de bilheteria e uma alta procura no pay-per-view, mas também teve uma grande parcela de público graças à pirataria.
De acordo com relatório divulgado pela Irdeto, empresa especializada em segurança de plataformas digitais, mais de 2.93 milhões de pessoas assistiram Mayweather nocautear McGregor em 10 rounds por meio de 239 streams ilegais disponibilizados em redes sociais como o Facebook, o YouTube, o Periscope e o Twitch. Destes, apenas 67 links foram disponibilizados por sites piratas tradicionais, indicando que a maioria das pessoas viram o duelo por aplicativos.
Algumas dessas exibições ilegais da luta foram promovidas na semana anterior ao evento em propagandas veiculadas em sites de e-commerce como a Amazon, o eBay e o Alibaba – o relatório indica que só em um dia foram encontrados nesses sítios 42 banners anunciando o streaming ilegal da luta.
O Periscope foi uma das principais ferramentas utilizadas, chegando a se tornar um trending topic enquanto usuários o utilizavam para transmitir online o seu pay-per-view do que foi vendido como “a maior luta dos esportes de combate da História”. O aplicativo se tornou um assunto bastante comentado em outros meios nas horas posteriores à luta porque muitas pessoas começaram a se gabar de que tinham assistido Mayweather atingir a impressionante marca de 50-0 sobre McGregor sem precisar pagar por isso, graças às milhares de transmissões feitas através da rede social.
A felicidade de alguns, porém, foi a tristeza de outros. Depois de divulgado o relatório da Irdeto, o vice-presidente de cibersegurança da empresa Rory O’Connor lamentou o ocorrido e garantiu que o combate à pirataria é constante no meio. Em declaração oficial, ele afirma que “Quando se combate a pirataria de esportes ao vivo, a velocidade é um fator essencial… ao identificar e interromper transmissões piratas em tempo real por meio de conhecimento e tecnologia especializada, proprietários e operadores de conteúdo conseguem proteger sua renda e entregar uma experiência grandiosa a seus usuários”.