É possível adivinhar quem vai levar a melhor no Rotten Tomatoes
Estudo leva em conta o tempo que os estúdios permitem acesso e liberam opiniões da crítica especializada
A crítica não perdoa, ainda mais quando é obrigada a esperar. É o que os repórteres do Mashable concluíram após investigarem a relação entre o embargo imposto pelos estúdios aos jornalistas antes da estreia dos filmes, ou seja, a data em que a imprensa está liberada para opinar sobre os lançamentos em relação à chegada oficial nos cinemas.
A descoberta não é nova, mas os dados ajudam nas suspeitas: afinal, os embargos estão mais propensos a acontecer quando o estúdio recebe sinalizações internas de que o filme até pode conseguir uma boa bilheteria, mas não ganhará as graças da crítica, o que pode prejudicar a relação com espectadores que não estão entre o público-alvo dos filmes mas podem ser uma audiência em potencial.
Quando o filme tem chances de ser aclamado, aumentam as expectativas para que as boas críticas sejam publicadas o quanto antes, como é o caso de “Dunkirk”, filme que no gráfico possui uma das maiores notas do site, ao mesmo tempo em que sua conferência aconteceu apenas três dias após o fim da pós-produção do filme e de suas avaliações internas de estúdio.
O estudo aponta três exceções: o caso de “Mulher-Maravilha”, que teve embargo liberado apenas alguns dias antes da estreia do filme, mas conseguiu alta pontuação no Rotten. A Warner Bros aparentemente teve medo, mas a crítica gostou da representação da heroína nas telas.
O quarto filme da franquia dos “Piratas do Caribe” e o filme da série “Baywatch” também são exceções, mas negativas: apesar de terem sido liberados relativamente cedo para a mídia especializada, foram bombardeados pelas críticas. Algo que provavelmente foi previsto pelos estúdios, mas não foi levado em consideração graças às legiões de fãs que a franquia da Disney e a série da década de 1990 carregam até hoje e por isso, poderia trazer uma audiência que compensaria as más avaliações.