Google cria fundo para ajudar imprensa no combate às fake news sobre vacinas
Conforme países começam campanhas de difamação, companhia se esforça para garantir que grupos antivacina não reduzam índices de imunização
O Google anunciou nesta terça-feira (12) que está criando um fundo contra a desinformação relacionada às vacinas da COVID-19. A Google News Initiative terá US$ 3 milhões destinados a projetos jornalísticos de todo o mundo que busquem combater a desinformação sobre as vacinas.
Organizações de todos os tamanhos poderão participar do fundo, e para ter seu projeto inscrito um jornalista precisa apenas seguir alguns requisitos, como produzir conteúdo de notícias em geral e focar na produção de notícias centrais, além de ter um histórico comprovado e reconhecimento de terceiros em atividades de verificação e checagem de fatos.
Os filtros são apenas as barreiras mínimas para manter o fundo disponível apenas para jornalistas com experiência na área necessária para combater e desmantelar fake news propagadas sobre a COVID-19 e suas vacinas – principalmente agora que todo o mundo começa sua campanha de vacinação e a comunidade antivacina se esforça para combater a cura.
“Vamos priorizar projetos colaborativos com uma equipe interdisciplinar e formas claras de medição de êxito. Por exemplo, inscrições qualificadas podem incluir uma parceria entre um projeto de verificação de fatos reconhecido e um veículo de comunicação voltado a uma comunidade específica, ou uma plataforma de tecnologia colaborativa para jornalistas e médicos apresentarem, em conjunto, informações falsas e suas respectivas checagens”, afirma o Google.
O Google formou uma equipe global composta por especialistas em desinformação e imunização. Essa equipe será responsável por selecionar os beneficiários do programa. A brasileira Angela Pimenta, diretora de operações do Projor, compõe a equipe.