Skol cria espaço especial para o Carnaval em São Paulo, mas chuveiro de glitter é alvo de polêmica

[ATUALIZAÇÃO] Skol entrou em contato com o B9 para afirmar que “todo o glitter utilizado no Espaço Skol será biodegradável. O espaço também terá recipientes para recolher o glitter excedente. O glitter utilizado é feito à base de algas marinhas, água, minerais e tem pigmento cosmético natural.”[/ATUALIZAÇÃO]

A Skol lançou uma série de ações para o Carnaval 2018 em São Paulo. A cerveja é a patrocinadora oficial da folia na cidade, e em parceria com a empresa Dream Factory e a prefeitura de SP, contribuirá com a infraestrutura do Carnaval disponibilizando banheiros, segurança e limpeza pela cidade.

Também foram abertas 10 mil vagas de credenciamento para vendedores ambulantes, que receberão material novo para trabalhar, como isopor, colete, credencial e guarda-sol. A marca ainda patrocina individualmente cerca de 60 blocos da cidade.

Mas a grande ação da Skol nesse ano é a Estação Skol, um espaço aberto ao público, localizado no Largo da Batata, com espaço para descanso, recarregar celulares, uma montanha-russa e um chuveirão que dará um banho de glitter no público. E aqui começa o problema.

Muita gente nas redes sociais chamou a atenção para o fato de a marca, com o apoio da prefeitura de São Paulo, estar promovendo uma ação totalmente irresponsável com o meio ambiente. Isso porque glitter e a purpurina são feitos de microplásticos, que levam muitos anos para se decomporem (muitos mesmo).

@skol planeja show de irresponsabilidade ambiental com “banho de glitter” no Largo da Batata em São Paulo. Vídeo sobre o acúmulo de microplástico nos organismos marinhos https://t.co/tWKxfdN7rm #FORAGLITTER #skolsemglitter

— Descontrartigo (@descontrartigo) January 31, 2018

O que agrava o problema do glitter é que as partículas são muito pequenas e vão para todos os lados, sendo praticamente impossível de recolher.

Assim, enquanto uma galera comemora a chuva de glitter e a ressignificação do espaço urbano e do Carnaval paulistano, outra galera acusa a Skol de promover um grande desastre ambiental.

A empresa ainda não se pronunciou sobre a polêmica, nem informou a procedência do glitter que será utilizado no chuveiro público, uma vez que existem alternativas ecologicamente corretas e criadas especialmente para não perder o brilho no Carnaval, mas também não poluir a cidade.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que uma campanha de Carnaval da marca causa reclamações. Em 2015, a ação que espalhava diversos painéis com a frase “Esqueci o ‘não’ em casa” foi altamente criticada por não favorecer em nada a luta contra o assédio e os abusos que ocorrem não só durante as festas de Carnaval.

Na época, a Skol retirou a campanha das ruas.

A Estação Skol abre dia 03 de fevereiro e funcionará nos dias 04,10, 11, 12,13, 17 e 18/02, do 12h às 19h (sujeito à alteração). A entrada e as atrações são gratuitas.