SXSW 2018: Facebook, Jornalismo e as fake news

SXSW 2018: Facebook, Jornalismo e as fake news

Keynote do evento traz à tona o verdadeiro caldeirão que é a relação entre jornalistas e a rede social de Mark Zuckerberg atualmente

por Rafael Montalvão
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Olá eu não sou a Lu, mas sou o Montalvão do Magazine Luiza.

Vou tentar passar aqui um pouco da experiência que tive no SXSW, este evento que além de ser a nova Meca das tendências se tornou este ano na casa dos brasileiros. Mas não vim aqui para falar sobre o lugar e a cidade, apesar de na primeira experiência ter ficado encantado.

Chegamos ontem e já tivemos uma boa aventura com o hotel que escolhemos pela internet, mas isso posso contar em outro momento pois o que vocês querem saber mesmo é sobre palestras. Então vamos a elas.

Como demoramos em sair desta confusão no hotel e chegar ao centro, conseguimos fazer o credenciamento lá pelas 16h30. Feito isto, saímos correndo para palestra das 17h que já tinha uma fila gigante, mas deu para entrar todo mundo. O tema era um bonito que escreveram lá, mas na verdade era: Todos contra o Facebook e sua falta de controle sobre as fake news. Tínhamos uma mesa redonda com um bambam da CNN (Brian Stelter) , uma jornalista (Sara Fisher) e um “robô” do Facebook (ela na verdade era chefe de novos produtos do Facebook – Alex Hardiman), além é claro do intermediador (Steven Rosenbaum). Hardiman não era um “robô”, mas teve muita calma e respostas padrão, em alguns momentos mostrou-se muito bem “treinada” para aguentar os bombardeios tanto dos “colegas” de palco quanto da plateia, que estava aviada para destruir publicamente uma funcionária da empresa de Mark Zuckerberg.

Durante todo keynote, questionaram e cutucaram o Facebook sobre o porquê de não criar algoritmos ou barreiras para fake news. Hardiman, muito educada, sempre respondeu que a rede social não é um veiculo de comunicação e que apenas divulga na sua timeline o que você deseja ver. Se você curte, comenta e compartilha fake news, ele vai te entregar mais isso, mesmo que seja errado. O grande ponto da discussão é que o bambam da CNN e todos os jornalistas imaginam que o Facebook deveria ter a mesma responsabilidade que eles tem sobre qualquer matéria publicada. O Facebook deveria confrontar as informações e validá-las para deixar de publicar este tipo de conteúdo, mas isso não é sua responsabilidade pois ele não produz conteúdo, apenas recebendo-o e divulgando-o.

Aí esta o grande ponto da discussão. Como ele divulga e ganha dinheiro com isso, ele deveria ter alguma responsabilidade sobre este conteúdo, pois os americanos sofreram em sua ultima eleição com a interferência das fake news – cuja origem russa foi várias vezes citada aqui – e que foram propagadas principalmente no Facebook.

Em um ponto o Facebook tem razão, ele ainda não tem como verificar todas publicações que são lançadas em sua plataforma. Mas a questão é que não percebemos a evolução nem uma certa atitude do Facebook para evitar as fake news. Hardiman novamente voltou a defender a plataforma, alegando que existe trabalho sobre a identificação e que estão se aproximando de produtores de conteúdo para ajudá-los. Mas isso é muito pouco, pelos estragos já causados em detrimento de uma receita bilionária.

Um brasileiro questionou a falta de imparcialidade na entrega de conteúdo para o usuário, citando como exemplo sua mãe, que recebe diariamente inúmeras fake news e que as compartilha porque o Facebook não entrega outro tipo de conteúdo. Aí vem a justificativa da Hardiman: é obvio que ela irá só ver fake news, ela curte e compartilha, mesmo não sabendo a procedência da informação, pois ela não consegue distinguir o que é e não é fake news. Eles tem como principio entregar o que as pessoas querem ver, pois não são produtores, apenas divulgadores.

Como resumo, acredito que o Facebook precisa tomar providencias sobre as fake news, pois recentemente no Brasil o jornal Folha de São Paulo deixou de publicar matérias no Facebook. Eles têm informações e podem ajudar a diminuir a reverberação das fake news. É claro que existe o ponto da edição de conteúdo e que sempre irão buscar dar espaço ao conteúdo individual, mas como são beneficiados por estas fake news eles precisam sim encontrar formas de evitá-las.

Já os jornalistas precisam entender que o Facebook é outra plataforma e que ele não tem como criar uma área jornalística para ficar validando todas as publicações, checando fontes e etc. Mas caso o Facebook não tome alguma atitude, logo perderá credibilidade e principalmente anunciantes. O Facebook compreende os riscos e acredito que irá evoluir, pois como a Alex comentou, eles mudaram para mobile quando o mercado pediu, puxando todo o mercado publicitário junto com eles. Quem dúvida agora que irão se adaptar as fake news?

Pela lista de palestra e pelo número de pessoas assistindo este keynote, acredito que o tema fake news seja o grande assunto desta edição do SXSW. Como sou marinheiro de primeira viagem não vou afirmar.

Acho que é isso, espero que gostem e qualquer coisa comentem. Ei! Ei! Estamos aí.

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