SXSW 2018: UX e a linguagem corporal de uma marca
Palestra no festival mostra como a noção de movimento se tornou importante na construção da identidade visual de qualquer marca
Vivemos a era dos gifs, dos filmes curtos, do motion. São eles que reinam no Whatsapp, no Messenger, nos keynotes e nas campanhas publicitárias, mas mesmo com tamanha predominância há pouca ciência por trás desta onda. É tudo muito instinto e pouca técnica, muito eu-gosto-assim e pouco pra-essa-marca-é-assim.
Assisti a estategista da UX Katie Swindler e sua apresentação “Animation UX – The Subconscious of motion” na SXSW e tava tudo lá. De como os efeitos animados ajudam a usabilidade em uma série de processos por aliviar as sinapses demandadas por um usuário em muitas tarefas, sendo capazes de tornar todo processo mais fluido e intuitivo. De como levam na mão um usuário através de um e-commerce, seguindo do clique no produto ao carrinho de compras. Este dado é fundamental: 55% do que capturamos em uma conversa é uma troca não-verbal. São gestos, posturas e movimentos. E quais são os gestos, posturas e movimentos da sua marca?
Um dos exemplos que ela deu foi a correlação impressionante entre as transições e construções de movimento nos aplicativos da Nike e o ritmo dos filmes de campanha da marca. Se comparados, parecem seguir uma mesma “linguagem corporal”, um mesmo gestual e um mesmo jeito de “andar e correr”.
A real é que cada animação é capaz de mexer com o nosso subconsciente. As recompensas dos feedbacks de interações são anabolizados pelos motions e descarregam uma carga extra de dopamina. Como uma nuvem de likes e corações flutuando sob do post seu no Facebook ou celebrando tarefas cumpridas em seu aplicativo fitness. Interagimos com cada aplicativo, filme e site como se ali, do outro lado da tela, estivesse um ser humano levantando a sobrancelha ou dando uma risada com você.