NASCAR agora está caçando drones não-autorizados em seus eventos
Organização contratou empresa especializada em abater drones para evitar acidentes e proteger a transmissão oficial de suas corridas
O advento dos drones na sociedade proporcionou um número tão grande de avanços quanto de problemas à realidade contemporânea, e no campo dos eventos transmitidos ao vivo isso não foi lá muito diferente. Se os veículos aéreos não tripulados trouxeram aos organizadores a possibilidade de novos pontos de visão sobre as festas ou disputas esportivas que sediam, eles também aumentaram as possibilidades de transmissões piratas, com drones privados “invadindo” o espaço aéreo de seus eventos para permitir que milhares de pessoas assistam o que quer que esteja acontecendo naquele momento sem precisar pagar nada por isso.
É uma dor de cabeça chata, mas que a NASCAR aparentemente resolveu do jeito mais “direto” possível. De acordo com o TechCrunch, os responsáveis pela entidade automobilística fecharam um contrato com a empresa de segurança DroneShield para abater drones não identificados, de forma a proteger a transmissão e a segurança de suas corridas. Em suma, a organização agora vai caçar qualquer drone alheio que estiver trafegando na área de suas arenas.
A resolução não existe apenas para abater TVs piratas, porém; a NASCAR também contratou a segurança extra para evitar que acidentes graves aconteçam por conta da tecnologia. Drones com defeito, por exemplo, podem cair na pista e interromper a corrida, atingindo pilotos e causando um gravíssimo acidente.
Para isso, a DroneShield – que recentemente também cuidou da proteção dos jogos da Commonwealth e das Olimpíadas de Inverno – conta com uma nova tecnologia que obriga o aparato a pousar sem riscos maiores. Intitulado DroneGun, o armamento embaralha o sinal de transmissão feita entre o drone e o usuário que o comanda, forçando o aparelho a seguir sua normas pré-programadas de descer em segurança até o solo. O comercial da empresa abaixo demonstra (de forma muito pitoresca) como esse combate ocorre:
No anúncio do acordo, o CEO da DroneShield Oleg Vornik declarou estar muito orgulhoso de poder “ajudar em um evento tão popular” como a NASCAR, acrescentando que é um gesto significativo para sua empresa permitir o uso de suas principais tecnologias às forças da lei do país. É um mercado em crescimento, afinal: um centro de estudos de drones no Bard College liberou recentemente um relatório com 30 acidentes envolvendo drones que resultaram “em algum tipo de ação legal ou disciplinar por uma autoridade local”, além de outros tantos que foram respondidos com processos por parte do Serviço de Parques Nacional ou do departamento de justiça norte-americano.