O Beychella sob o olhar de UX
Como Beyoncé fez de seu espetáculo uma experiência do usuário
Depois de terminar um curso de UX Design, que ajudou a entender melhor esse conceito, comecei um exercício de observação das coisas à minha volta. E bem ampla mesmo, não só aplicativos, sites ou internet. É reparar a experiência na sua essência.
E é exatamente sobre a experiência do show da Beyoncé, no dia 14 de abril no Coachella, que coloquei a cabeça recém-saída do curso de UX Design para funcionar. Porque aquilo sim foi UX na prática.
Pois é, fiquei imaginando a equipe por trás disso. Em todo o time – e na própria Queen B – que passaram meses pensando nos mínimos detalhes desse grande show. Quais processos ou metodologias usaram? Como tudo começou? De onde veio o insight? Qual era o problema a ser resolvido? E nessa etapa inicial de muitas perguntas, acredito que tenham usado o conceito do duplo diamante, que passa pelas etapas de descobrir, definir, desenvolver e entregar.
Mas assim que se chega num acordo, a nuvem de ideias começa a tomar forma e os primeiros protótipos (de baixa, média ou alta qualidade) vão aparecendo. O figurino da diva, por exemplo, quantos croquis (olha o protótipo aí!) foram necessários para chegar ao produto final? E o palco, pensa nos milhares de rascunhos e desenhos criados para tirar as ideias no papel.
Depois é a fase de teste. E quer teste maior que os exaustivos ensaios que duravam cerca de 11h por dia? Sem teste, não tem como saber se vai dar certo ou se pelo menos está no caminho. E essa fase é tão importante quanto o produto – ou espetáculo, nesse caso.
Isso sem contar com uma das palavras de ordem em UX: EMPATIA. Eu tenho certeza que a Beyoncé pensou em cada perfil de fã (olá, persona <3) do seu Beyhive, para proporcionar um espetáculo incrível para cada um deles. Sem contar que ela deve ter se colocado no lugar dos que nem estavam no Coachella, mas que estavam de prontidão para ver o show (a transmissão do Youtube estava excelente, palavra de quem estava acesa às 3h para assistir). E tem mais: li que ela contratou uma equipe exclusiva de filmagem, para levar os melhores ângulos para seus fãs. Viu como ela foi super empática? <3 E o feedback? Esse também é um processo fundamental para qualquer produto ou serviço que usa os conceitos de UX. Bom, o feedback você mesmo pode pesquisar na internet, nem vai ser difícil encontrar as milhares de críticas, artigos, teorias, fotos, vídeos e muitos fãs falando sobre esse show épico. E foi assim que enxerguei esse espetáculo – ouso dizer que um dos melhores de sua carreira – com esse olhar de UX Designer. E que venha o Beychella do próximo sábado.