França proíbe smartphones e tablets em escolas
A partir de setembro, alunos serão obrigados a desligar seus aparelhos em ambientes escolares
Graças a uma nova legislação, os estudantes franceses serão proibidos de utilizar smartphones e tablets enquanto estiverem na escola. A lei, que foi apresentada pela primeira vez na campanha eleitoral do presidente Emmanuel Macron, foi tratada como uma questão de saúde pública graças às preocupações relacionadas ao vício do adolescente franceses em tecnologia.
A França já havia estabelecido uma proibição geral do uso de smartphones por motoristas – mesmo que estes estejam parados no acostamento – no início de 2018. A nova legislação para proibir esses aparelhos nas escolas, portanto, não é novidade.
A Agence France-Presse relata que uma proibição mais branda, que impedia o uso de smartphones e tablets somente durante as aulas, já estava em vigor desde 2010. A última atualização proíbe completamente o uso dos aparelhos, até mesmo durante o horário de refeições, embora cada escola tenha o poder de fazer “exceções pedagógicas” caso seja de seu interesse.
Muitos foram contra a nova legislação, argumentando que um bloqueio de sinal seria uma alternativa menos invasiva. Os especialistas consultados, porém, temem que o uso excessivo de smartphones e o fascínio pela internet podem desenvolver vícios, atrapalhar o sono e gerar bullying. Em conversa com o LCI News, programa jornalístico francês, o ministro da educação francês Jean-Michel Blanquer argumentou que os telefones não podem monopolizar as vidas das pessoas, mesmo que sejam uma importante revolução tecnológica.
No Brasil, o assunto ainda é pouco discutido. Mesmo que pesquisas mostrem que o uso excessivo de celulares possa prejudicar o desenvolvimento infantil e até a produção hormonal, nossa sociedade ainda parece distante de ter conhecimento sobre o assunto.