Facebook cogita parceria com bancos para inserir dados financeiros no Messenger
A ideia seria manter o usuários atualizados sobre seus saldos e emitir alertas sobre possíveis fraudes
De acordo com o The Wall Street Journal, o Facebook está cogitando integrar os dados financeiros de seus usuários ao Messenger. O relatório imediatamente despertou a ira dos críticos da rede de Zuckerberg e dos ativistas pela privacidade, que temem que a empresa esteja tentando ter ainda mais acesso às informações dos usuários meses após um escândalo sem precedentes, o da Cambridge Analytica – que lidou justamente com o acesso a dados privados do público.
Em Wall Street, a notícia também repercutiu. As ações do Facebook despencaram mais de 3%, com os investidores aparentemente vendo uma oportunidade de lucrar em cima da empresa. Ainda de acordo com o relatório do jornal, o Facebook pretende ter “informações financeiras detalhadas” sobre usuários de bancos americanos, e conversou com JPMorgan, Chase, Wells Fargo, Citigroup e US Bancorp. Os bancos, supostamente, não estariam seguros de compartilhar os dados de seus clientes, já que isso poderia quebrar a confiança.
A ideia do Facebook seria mostrar aos usuários seus saldos bancários ou emitir alertas de possíveis fraudes, bem como incentivar as pessoas a usar mais o aplicativo Messenger, caso a parceria com os bancos realmente aconteça.
Quando questionado sobre a notícia pelo Business Insider, o Facebook não respondeu. No entanto, após a divulgação do relatório do Wall Street Journal, um porta-voz do Facebook disse ao TechCrunch que a empresa não estava pedindo “dados de transações financeiras”, mas sim procurando melhorar o Messenger com notificações bancárias.
A notícia chega justamente no momento em que o Facebook tenta limpar sua imagem após os escândalos da Cambridge Analytica. Recentemente, a rede social de Mark Zuckerberg tem se posicionado contra páginas que espalham fake news e propagam discurso de ódio. No Brasil, por exemplo, uma rede de divulgação de notícias falsas ligada ao Movimento Brasil Livre foi removida da plataforma há poucos dias.