Novidades no sistema de reconhecimento facial vão integrar diferentes redes sociais à partir da tecnologia
Sistema, que pode reconhecer rostos em estádios, jogos e manifestações, identifica mil pessoas em quinze horas
O reconhecimento facial é uma das tecnologias que mais vem evoluindo na atual década. Os usuários das redes sociais têm grande mérito nisso, já que é comum que nós nos marquemos nas fotos postadas em nossos Facebook e Instagram, ajudando o sistema a se aperfeiçoar. O avanço da tecnologia é notável se lembrarmos que hoje os celulares de ponta da Apple e da Samsung permitem o desbloqueio da tela simplesmente pelo reconhecimento de rosto dos seus donos.
Em 2018, o sistema parece estar um passo mais próximo da perfeição. Pesquisadores da Trustwave criaram uma nova ferramenta de código aberto chamada Social Mapper, que utiliza o reconhecimento facial para detectar rostos em múltiplas redes sociais. O Social Mapper foi projetado por pesquisadores de segurança e localiza automaticamente perfis no Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn e outras redes, com base apenas em um nome e uma foto. Atualmente, a ferramenta leva 15 horas para identificar mil rostos. A tendência é que, com o aprimoramento, o processo seja agilizado.
Por ora as pesquisas podem ser feitas manualmente, mas é prevista a chegada da automação, que facilitará o aperfeiçoamento da ferramenta. “Realizar a coleta de informações online é um processo demorado”, comentou a Trustware, que ainda disse, em sua apresentação, que o objetivo é prover um sistema que funcione em larga escala, identificando até milhares de pessoas – imagine, portanto, que o Social Mapper possa identificar múltiplos rostos numa multidão em um estádio de futebol, um festival de música ou em uma manifestação política.
O uso do Social Mapper rende uma planilha detalhando as pessoas identificadas, que pode ajudar tanto a conhecer melhor o público de um grande evento como pode ser, nas mãos erradas, uma ferramenta de controle estatal e de identificação de manifestantes opositores. A Trustwave, porém, afirma que sua ênfase será no “hacking ético”, mesmo que não haja restrições para o uso da ferramenta.
O Social Mapper é um software livre e está disponível gratuitamente no GitHub.