Candidatura de Trump gastou quase $700.000 em anúncios online, revela Google
Estatísticas divulgadas pela empresa mostram que campanha do atual presidente norte-americano investiu o triplo de outros candidaturas em divulgação via internet
O Google resolveu ser mais transparente quanto aos investimentos feitos em propaganda política nas suas plataformas. A empresa divulgou um arquivo que mostra quem está utilizando as ferramentas do buscador mais popular do mundo para se divulgar. Até aqui, a campanha de Donald Trump para ser reeleito em 2020 é o maior investidor.
A campanha de Trump, “Make America Great Again” – que inclusive se tornou um bordão e principal alicerce ideológico do governo Trump – ocupou o primeiro lugar para gastos com propaganda política desde 31 de maio. Com U$ 629.500 dedicados apenas às plataformas do Google, ele superou os gastos do segundo colocado, o partido One Nation, em quase U$ 200.000.
Apesar de ambos os líderes de anúncios serem representantes da direita, a lista de maiores investidores cobre uma parte bem plural do cenário político. Beto O’Rourke, candidato à cadeira democrata no Senado, ficou em sexto lugar, com um total de U$ 266.000.
Quanto mais intensa a cor, maior o investimento em propagandas para aquele estado.
Os estados com maior divulgação são Flórida, com U$ 1.148.900, Ohio, com U$ 555.700 e Tennessee, com U$ 593.200. É curioso notar, portanto, que alguns estados importantes, como Califórnia e Nova Iorque, tiveram um investimento relativamente baixo em relação à sua importância (U$ 356.900 e U$ 195.100). No caso da Califórnia, em especial, isso se deve ao fato de ser um estado tradicionalmente democrata. As propagandas visarão principalmente conquistar os famosos “swing states” – estados nos quais não há uma preferência por partidos, o que permite que tanto democratas quanto republicanos conquistem os eleitores.
A divulgação dos números é interessante por, entre outros fatores, evidenciar como a ideia de que a internet é um meio “neutro” para divulgação política é equivocada. O público verá, sempre, aquilo que está recebendo mais investimento – no caso, a campanha de Donald Trump. O que não quer dizer, necessariamente, que há uma manipulação ou algo do tipo, apenas que Trump será um nome em evidência e maior destaque em relação aos demais.
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