Funcionários do McDonald’s fazem greve pedindo atenção da rede para as denúncias de assédio
Funcionários pedem que a empresa acabe com a cultura do assédio dentro de suas lojas
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Trabalhadores do McDonald’s de algumas cidades dos Estados Unidos articularam uma greve na última terça-feira (18) como forma de posicionamento contra assédio e má conduta sexual. Dez cidades participaram do protesto, incluindo Chicago, Los Angeles, Miami, New Orleans, Orlando e São Francisco.
De acordo com a Associated Press, a ação inspirada no movimento #MeToo quer chamar a atenção da rede de fast food para melhorar seus procedimentos em relação às denúncias de assédios, além de promover treinamos melhores para gerentes e funcionários, que com frequência assediam funcionárias com passadas de mão, comentários imorais e propostas sexuais.
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Foto: US Today
A greve foi organizada em colaboração com membros do movimento “Fight for $15”, e acontece quatro meses depois que um grupo de funcionárias da empresa, de nove cidades do país, apresentou à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego um conjunto de denúncias por assédio sexual contra o McDonald’s.
Segundo um porta-voz do McDonald’s: “Temos políticas, procedimentos e treinamento vigorosos, criados especificamente para evitar o assédio sexual. Para garantir que estamos fazendo tudo o que pode ser feito, contratamos especialistas nas áreas de prevenção e resposta, incluindo, RAINN, para desenvolver nossas políticas para que todos que trabalham no McDonald’s o façam em um ambiente seguro todos os dias.”
Os funcionários da rede pedem que a empresa forme um comitê integrado por trabalhadores e representantes de organizações nacionais de mulheres, que ajude a abordar o tema do assédio sexual interno. Quanto a esse pedido, a empresa não se pronunciou.