Consumo de vídeos online no Brasil cresceu 135% nos últimos 4 anos, diz estudo
Pesquisa também confirma queda do interesse pela TV a cabo e consolidação do YouTube como principal plataforma de vídeos no país
O consumo de conteúdo em vídeo feito para o digital está crescendo no Brasil. Isso, pelo menos, é o que diz um estudo feito pela Provokers, que em conjunto com a Box 1824 descobriu que a audiência do audiovisual para a internet cresceu nada menos que 135% nos últimos quatro anos.
A pesquisa, encomendada pelo YouTube e realizada pelas duas agências nos meses de fevereiro, março e julho deste ano com mais de 3.200 pessoas em diversas cidades e classes sociais do país, também afirma que no mesmo período o interesse por conteúdo para a televisão, ainda que tenha mantido taxas de crescimento consideráveis (o consumo pelo meio aumentou em 13%), perdeu certa força na parte da TV a cabo. De acordo com os dados coletados pela Provokers e a Box 1824, não só 43% dos entrevistados já não possuem assinatura de canais pagos como 74% destes não tem interesse em adquirir um serviço do tipo – e o aumento deste abandono é considerável se pensar que em 2015 34% do mesmo número de pessoas não tinha um pacote do tipo e, destes, somente 65% preferiam estar sem.
Mesmo na TV aberta o confronto com as redes claramente não está indo bem. Segundo a pesquisa, apenas 18% dos consumidores declararam aos entrevistadores que dão atenção exclusiva ao conteúdo em seus televisores, uma queda de quase 25% em relação ao cenário visto três anos atrás.
Quem está se dando bem nesta história toda é o próprio YouTube. O estudo aponta que o site é a plataforma mais usada pelos usuários, sendo preferência de 44% dos entrevistados. Para se ter uma ideia, isso é cinco vezes mais que a televisão aberta atualmente e bate com tranquilidade os 22% obtidos pela Netflix – sua natural maior rival – na mesma pesquisa.
Entre outros dados, a Provokers e a Box 1824 também confirmam que mais da metade das pessoas hoje reconhece o YouTube como uma opção de entretenimento e que 9 a cada 10 pessoas usam a plataforma para fins educativos.