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Primeiro “Rembrandt” criado por inteligência artificial é colocado à venda
Obras são criadas por algoritmo após análise de um banco de dados das pinturas originais dos artistas
Um grupo de empreendedores franceses criou o Generative Adversarial Network (GAN), projeto que utiliza inteligência artificial para criar obras originais bem semelhantes a trabalhos de artistas consagrados, como Rembrandt.
Agora, a primeira obra feita pelo robô foi colocada à venda em Nova York, pela casa de leilões Christie’s, com preço estimado entre 7 e 10 mil dólares.
O projeto utiliza um algoritmo que consegue gerar “novas obras do pintor” após analisar um banco de dados composto por pinturas já existentes do artista em questão. No caso de Rembrandt foram usadas 15 mil pinturas.
Os quadros criados pela IA apresentam um acabamento borrado, mas, no geral, se assemelham à obra de Rembrandt. As pinturas, inclusive, ganham assinatura “do robô”.
Segundo Hugo Caselles-Dupré, engenheiro de computação que criou o projeto, o trabalho dele e de seus sócios também deve ser considerado arte: “Nós somos artistas com um tipo diferente de pincel. Nosso pincel é um algoritmo desenvolvido em um computador”. Ele ainda garante que a “perfeição” das obras está em processo: “Ainda é uma tecnologia muito nova e, para termos resultados muito bons, precisamos de significativo poder de cálculo que, por enquanto, nós não temos nesse pequeno apartamento”.
Alguns artistas, porém, como o pintorRobert Prestigiacomo, não estão convencidos de que o resultado criado por uma máquina deve ser considerado “arte de verdade”: “Se não houvesse nenhuma raiva em Picasso, ‘Guernica’ nunca teria existido. Se Modigliani não estivesse apaixonado por suas modelos, seus nus seriam maçantes e desinteressantes. Há sempre um sentimento por trás de uma pintura, sempre, seja raiva, anseio, desejo. E a inteligência artificial é como a palavra diz – artificial”, completa o artista.