Corinthians conscientiza sobre doação de órgãos em jogo da Copa do Brasil
Enquanto o país tem mais de 30 mil pessoas na fila de espera por um transplante, assunto ainda é tabu e 43% das famílias não autorizam a doação de órgãos
Na Semana Nacional de Doação de Órgãos, o Corinthians, em parceria com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, realizou uma ação para sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos e de como um doador pode fazer um bem para até sete receptores.
Na quarta-feira, 26, o time entrou em campo contra o Flamengo durante a semifinal da Copa do Brasil usando uma camisa especial que trazia nomes de pessoas que estão precisando de doação de órgãos e o número da posição em que essas pessoas estão na fila de espera.
Segundo o Diretor de Marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, “o futebol é um meio excepcional para levar informações sobre doação de órgãos às pessoas”.
Para reforçar a mensagem da ação, criada pela agência Leo Burnett Tailor Made em parceria com o coletivo #Juntos, 11 personalidades corinthianas, entre elas, Basílio, Dinei e Biro-Biro, conduziram 7 pessoas, entre transplantadas e familiares, que entraram em campo enfileirados e deram uma volta no campo.
O Corinthians também fará a exposição “#JUNTOS – Marcas de Uma Vida”, no Átrio da Arena Corinthians, que tem como objetivo mostrar através de fotos a superação de pessoas das mais variadas etnias no pós-transplante, onde a cicatriz é verdadeiramente um sinal de vitória de uma nova etapa em suas vidas.
No Brasil, a cultura da doação de órgãos ainda é um tabu para muitas pessoas. De acordo com o relatório anual da ABTO com estatísticas sobre a doação de órgãos, hoje no país existem mais de 30 mil pessoas na fila à espera de um transplante e outras centenas de milhares estão espalhadas por todo o mundo. De 2015 para 2016, o Brasil obteve um aumento de 3,5% nas doações, atingindo 14,6 doadores por milhão de população. Mas, embora este resultado seja favorável, houve leve redução na recusa familiar no país, o que mantém o índice de rejeição ainda alto. Com isso, atualmente 43% das famílias brasileiras entrevistadas não autorizam a doação dos órgãos.
Segundo Dr. Paulo Pêgo, Presidente da ABTO: “Ter pessoas disseminando essa ideia através de uma das maiores e mais importantes torcidas do Brasil, como o Corinthians, nos ajuda significativamente a impactar, através de um ato tão simples, sobre a importância da doação de órgãos. Apostamos na adesão da sociedade para tornar essa espera por um órgão menos longa e dolorosa”.