Na Nova Zelândia, Coca-Cola se confunde nas línguas e deseja morte à população
Campanha da marca no país mirou nas populações indígenas, mas esqueceu de confirmar no dicionário se o slogan não significava outra coisa na língua maori
A Coca-Cola pode ser hoje uma marca globalizada, presente em praticamente todos os mercados do mundo e adaptado às condições culturais específicas de cada região, mas ainda assim não é capaz de acertar em tudo, a todo instante e em todos os lugares. Prova disso rolou recentemente na Nova Zelândia, onde a empresa sem querer desejou a morte aos passantes em uma nova campanha que queria promover uma maior acessibilidade do refrigerante aos diferentes povos presentes no país.
A ação, no caso, foi a “Kia Ora, Mate”, um slogan criado pela marca para se promover perante às populações maori da nação neozelandesa e que combina as palavras “Kia ora” – que significa “olá” na linguagem indígena usada pelo povo – e o “mate” que é tradicionalmente empregado em países de língua inglesa para expressar afeição. O problema é que, bem, “mate” também é um termo usado pelos maoris para definir morte, o que gera a bizarra fala “Olá, morte” na campanha aplicada em diversas máquinas de venda automática.
When the languages don't mix well. pic.twitter.com/3piZIoptAE
— Waikato Reo (@waikatoreo) October 14, 2018
A ação rendeu muitas piadas, mas também várias críticas à Coca-Cola nas redes sociais. Isso porque segundo pesquisas cerca de 50% da população maori adulta e 18% da infantil é obesa, uma situação preocupante que só se agravaria caso o consumo de refrigerantes se intensificasse no país. Apesar do equívoco ter sido acidental, o “olá, morte” de fato foi um tiro pela culatra da marca no país.
Apesar da treta já estar rolando desde o fim de semana, a administração da Coca-Cola na Nova Zelândia ainda não emitiu declaração oficial sobre o caso.