Facebook elimina 82 páginas fraudulentas criadas para influenciar usuários dos EUA e do Reino Unido
Com mais de 1 milhão de seguidores, contas foram criadas no Irã mas não podem ser ligadas ao governo do país
O Facebook anunciou a suspensão de 82 páginas fraudulentas da plataforma que tinham como objetivo influenciar usuários dos Estados Unidos e do Reino Unido. Além das páginas, também foram eliminados grupos, contas suspeitas e 16 perfis no Instagram.
Segundo o chefe de cibersegurança da empresa, Nathaniel Gleicher, as páginas, grupos e contas eram originários do Irã e contavam com 1,02 milhões de seguidores no total. O maior grupo, por exemplo, possuía 25 mil membros. Já no Instagram, a maior conta tinha 28 mil seguidores.
Os conteúdos dos posts abordavam racismo, imigração e oposição a líderes políticos e imigração. Entre as “amostras” de conteúdo apresentadas pela Facebook na coletiva, a maioria era contra o presidente Donald Trump e seu partido.
Embora tenha revelado que esses grupos chegaram a realizar pelo menos 7 eventos reais nos Estados Unidos ou no Reino Unido, o Facebook, novamente, não deu muitos detalhes sobre os fatos: quais eram os eventos? Onde aconteceram? Quantas pessoas se mostraram envolvidas? Para todas essas perguntas, Gleicher apenas disse que “eles não tiveram tempo para examinar de perto os detalhes”.
O Facebook detectou o comportamento fraudulento das contas há uma semana, e acelerou o processo de eliminação das mesmas principalmente pela proximidade das eleições nos Estados Unidos, no próximo dia 06 de novembro.
Outro dado interessante é que o grande alcance das contas não está relacionado às ferramentas de propaganda paga na plataforma. Entre todas as contas foi encontrado um gasto de apenas US$ 100,00 em publicidade. O sucesso das páginas se deve mesmo aos conteúdos replicados, basicamente pautado em memes e fake news.
O Facebook também comunicou suas descobertas às autoridades federais, o governo britânico e outras grandes empresas e tecnologia. A rede também disse que não pode afirmar que as contas falsas têm qualquer ligação com o governo do Irã.