Milhões de habitantes, milhões de carros, milhões de deslocamentos, atividades, compras. E também os diversos problemas. Imagine a quantidade absurda de dados produzida diariamente numa grande cidade. Quantos problemas poderíamos pensar em resolver analisando muito bem cada índice?
Pensando nisso, criou-se o conceito de cidade inteligente. Uma cidade assim é aquela em que esses diversos dados estão sendo coletados, analisados e revertidos em serviços – instantâneos ou não – para a população.
Para que os serviços funcionem e sejam avaliados, eles são constantemente analisados por meio de diversas tecnologias. Esta é uma tendência de difícil reversão: teremos cada vez mais coisas conectadas entre si e com a rede para prover melhorias nos serviços públicos e privados.
No Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, os diversos debates da arena New Mobility foram unânimes em apontar que a tecnologia para tornar as cidades melhores já existe e pode ser aplicada agora mesmo para melhorar, principalmente, a mobilidade urbana.
Seja com tecnologias que conhecemos bem – como o Waze – ou na coleção de dados que poderia reorientar a distribuição de ônibus, táxis e serviços e até mesmo – no longo prazo – ajudar a replanejar a malha de metrôs e trens, a cidade se tornará mais inteligente, para entregar com mais precisão o que o cidadão precisa no dia-a-dia: deslocar-se com mais conforto, rapidez e segurança, não importa o modal escolhido.
Aqui o céu é o limite. Mas uma coisa é certa: não importa a tecnologia avançar se nós quuisermos manter as coisas como estão. Não é necessária muita conta para entender que não dá para toda a população das cidades se deslocar solitária em seus carros, achando que o problema do trânsito se resolve com um app ou com um veículo autônomo.
Deveremos olhar com mais carinho o transporte público – e exigir dele a qualidade necessária para mais pessoas utilizarem. Deveremos adotar soluções que ocupem menos espaço nas ruas, como caronas, bikes e outros veículos elétricos de pequeno porte. Entre os cases que apontam para este sentido, além do que já falamos sobre bikes, patinetes e apps de carona, a Enel X, que nos convidou para esta cobertura, mostrou o investimento da empresa no transporte público do Chile, com ônibus e terminais elétricos em Santiago e Concepcion.
Uma cidade inteligente, enfim, depende de cidadãos inteligentes.