Campanha imita capas de revistas e chama a atenção para questões sobre direitos das mulheres
Site quer incentivar doações para causas beneficentes voltadas à meninas e mulheres
O site de financiamento coletivo Catapult, focado em ações que beneficiam meninas e mulheres do mundo todo, provocou ao criar capas de revistas fictícias, que ironizam algumas das mazelas que muitas moças sofrem em diversas partes do planeta. Cada capa traz um bom punhado de manchetes sarcásticas como “o casamento que você jamais vai esquecer, mas que gostaria de não lembrar”, ou “as chocantes histórias reais que você não vai acreditar, e a polícia também não”, que incomodam ao banalizar algo tão cruel.
É sempre importante lembrar que estupros, casamentos forçados, tráfico, escravidão e prostituição de mulheres não são assim tão fora da nossa realidade. Além disso, 20% das instituições focadas no bem estar e direitos das mulheres estão a um passo de fecharem por falta de verba.
A ação, apelidada de ‘Cover Stories’, acontece pouco antes do dia internacional das mulheres, celebrado em 8 de março, e pode ajudar a desencadear uma importante reflexão sobre o quanto ainda é preciso conquistar em termos de igualdade de gêneros. No site da Catapult, ao lado de cada ‘capa de revista’ existe um dado alarmante e um convite a fazer doações para causas beneficentes. O site oferece a garantia de permitir que o doador acompanhe como o dinheiro tem sido gasto, o que dá mais idoneidade aos projetos.
E se ao invés de dar flores e chocolates, esse ano você desse às mulheres que você ama uma doação em nome delas para causas que realmente importam? Muita gente reclama das moças ‘recalcadas’ que não aceitam presentes de dia das mulheres, mas não pensa na reflexão que elas propõem. Como bem disse Bianca Santana no Brasil Post, flores e chocolates são bem vindos, desde que venham acompanhados de uma série de outros ‘presentes’, como a justa divisão das tarefas domésticas, o fim da violência física e simbólica, da liberdade, da valorização das conquistas históricas das moças, entre outros.
Fica a provocação.