‘Face to Faceless’, a importância dos taxistas vs. carros que dirigem sozinhos
Campanha do app Hailo destaca relacionamento entre passageiros e motoristas
Logo após o governo inglês ter investido £100 milhões no desenvolvimento de carros que dirigem sozinhos, Hailo – um dos principais apps de táxi no Reino Unido e em outras cidades da Europa – tomou partido e lançou uma campanha em que retratos de taxistas londrinos são projetados em edifícios da cidade.
Para o CEO do Hailo app, nada substitui o relacionamento que o passageiro pode construir com seu motorista.
Face to Faceless foi criada não somente como protesto contra um futuro sem motoristas, mas também para celebrar o Dia Nacional do Taxista, a ser comemorado no Reino Unido dia 27 de abril.
Para Hailo, os taxistas são parte importante da figura de Londres. Por isso, na campanha, seus rostos tem a própria cidade como fundo, indicando o quanto de história eles tem para contar sobre suas jornadas por cada um destes cantos.
“As pessoas não querem robôs; elas precisam conhecer seus motoristas, saber que eles irão levá-las de A até B em segurança” diz o CEO da empresa, Gary Bramall. Para ele, nada pode substituir o relacionamento que o passageiro constrói com seu motorista.
Com essa discussão, Hailo destaca algo importante do sistema de táxi: há muito mais na jornada do passageiro do que o veículo em que ele está. O próprio Uber prova desta afirmação, oferecendo um serviço que preza pela jornada agradável em todos os detalhes.
Devido às ameaças por outros serviços similares, taxistas buscam cada vez mais servir com maior qualidade para não perder clientes.
Já temos acompanhado como os aplicativos para compartilhar carona e para chamar motoristas sob demanda tem causado uma movimentação dos taxistas. Vendo seu uso diminuir drasticamente em cidades como São Francisco e Nova York, por exemplo, os táxis passaram a se preocupar ainda mais com seus serviços.
Agora, com o esforço de governos como o do Reino Unido – que espera alavancar o mercado de carros sem motorista em um futuro próximo – tanto os taxistas quanto os negócios relacionados precisam correr atrás mais uma vez para mostrar o seu valor.