O novo álbum de Philip Glass, uma compilação de remixes, foi lançado como aplicativo para iPad, o REWORK.
O uso de aplicativo para promover novos álbuns não é novidade. Björk, com o app Biophilia, permitiu que os usuários experimentassem a música de forma mais visual e intuitiva. O último álbum do The XX, Coexist, também virou app, abrindo espaço para incluir vídeos e entrevistas exclusivas, além de uma experiência mais imersiva na música, a partir de letras e arte interativa. E o app do álbum 18 Months do Calvin Harris, que toca por inteiro, mas apenas de você dançar com o smartphone na mão.
A diferença do REWORK é que o aplicativo foi feito para que o usuário o escute do começo ao fim. Ou seja, sem interação a não ser usar o dedo para mover os gráficos fluidos que se movimentam na tela enquanto a música toca.
Como um vinil, o usuário é forçado a escutar cada música até o fim, ou pular para a próxima, sem a possibilidade de espiar um pouco de cada ou simplesmente deixar no shuffle.
Além disso, o aplicativo roda apenas quando estiver aberto. Não há como escutar as músicas enquanto faz outra tarefa no iPad.
Por ser um álbum de remixes, há uma função chamada Glass Machine, permitindo que o usuário crie remixes e construa sua própria composição minimalista, usando a interface touchscreen de botões para ajustar tempo, ritmo, filtro, sintetizador e outras opções. O resto da tela é preenchido com dois círculos gigantes que podem se movidos para ajudar a melodia. O jeito de manipular o som é totalmente intuitivo, deixando uma sensação de “sei o que estou fazendo” ao mais leigo dos usuários.
Por ser Glass um compositor minimalista e nascido em 37, o ato de produzir um álbum como aplicativo diz muito mais do que a urgência de lucrar em uma era em que tudo se baixa ou se escuta online. Em dois extremos, o projeto já alerta que seu trabalho é preciso ser ouvido do começo ao fim ou, se não gostou, use o app para fazer o seu.
Produzido pelo Snibbe Studio, o app está disponível para iPad por $10.